Os
nossos queridos gatos ficam cabisbaixo, muito tristonhos quando estão doentes.
Muitas vezes precisam colocar o “colar
elisabetano”, o famoso “cone” para não se lamberem, principalmente quando
fazem alguma cirurgia. Sabiam que a saliva do gato é cicatrizante? Mas às
vezes, causa infecção. Então siga tua intuição, principalmente de quando deve
tirar o bendito “colar elisabetano”.
Temas
que veremos nesta Page:
O Medicamentos que não devem ser
dados aos gatos
O Paracetamol = veneno!! muita
atenção!
O Dermatoses (problemas de pele e
pêlos)
O Coriza felina
O Panleucopénia felina
O Peritonite Infecciosa Felina
(PIF)
O Tinha e fungos
O Otite
O Diarréia nos gatos
O O vômito nos gatos
O Sistema urinário
O Insuficiência Renal
O Pedra
nos Rins nos gatos
O FIV (AIDS Felina) e
FeLV (LEUCEMIA Felina): O que os proprietários devem saber.
O Síndrome de imunodeficiência
felina e a leucemia
O Hiperglicemia em gatos
O O uso do meloxican em felinos com
doenças articulares (dad's).
O Foliculite mural degenerativa
mucinótica
O Modificação ambiental multimodal
para tratamento da cistite intersticial felina
O Fisioterapia e reabilitação do
paciente felino
O Pulgas
O Doenças causadas pelas pulgas
O Zoonoses nos gatos
Eu,
particularmente, tive que dar diariamente, de 12 em 12 horas a metade do
antibiótico Duotril para meu gato,
que não suporta o “cone”. E ainda, tive que dar outro antibiótico mais potente
(Suspensão oral: amoxicilina + ácido clavulânico – ou seja, Sigma-Clav BD) – por conta de uma
infecção na urina. Tinha que dar a ele duas vezes por dia. Mas os resultados
logo apareceram, foi ficando bom.
Mas
a idade dos gatos faz uma certa diferença, sobretudo na recuperação.
Idades
dos Gatos
Gente | Gato de casa | Gato na Rua |
================================
3 anos.... | 2 meses......... | 2 meses........ |
6 anos.... | 4 meses......... | 4 meses........ |
9 anos.... | 6 meses......... | 6 meses........ |
11 anos.. | 8 meses......... | 8 meses........ |
13 anos.. | 10 meses....... | 10 meses...... |
15 anos.. | 1 ano............. | 1
ano.............|
24 anos.. | 2 anos........... | 2 anos...........
|
--------------------------------------...
A partir daí a coisa muda:
Gente | Gato de casa |
=====================
28 anos.. | 03 anos.......... |
32 anos.. | 04 anos.......... |
36 anos.. | 05 anos.......... |
40 anos.. | 06 anos.......... |
44 anos.. | 07 anos.......... |
48 anos.. | 08 anos.......... |
52 anos.. | 09 anos.......... |
56 anos.. | 10 anos.......... |
60 anos.. | 11 anos.......... |
64 anos.. | 12 anos.......... |
68 anos.. | 13 anos.......... |
72 anos.. | 14 anos.......... |
Gato de casa:
Média de vida 12-14 anos
Longevidade: até 20 anos
Gente | Gato na rua |
=====================
32 anos.. | 03 anos.......... |
40 anos.. | 04 anos.......... |
48 anos.. | 05 anos.......... |
56 anos.. | 06 anos.......... |
64 anos.. | 07 anos.......... |
72 anos.. | 08 anos.......... |
80 anos.. | 09 anos.......... |
88 anos.. | 10 anos.......... |
96 anos.. | 11 anos.......... |
104 anos | 12 anos.......... |
Anatomia do Gato
Bem,
mas vamos as doenças... Aliás, primeiramente vamos à lista de medicamentos que
jamais devem dar a seus gatos.
MEDICAMENTOS
QUE NÃO DEVEM SER DADOS AOS GATOS
(Norsworthy's
1993 Feline Practice)
* Acetominofen (Tylenol):
Apenas
1 comprimido já pode ser fatal para um gato adulto. Causa anemia hemolítica,
formação de metahemoglobina (não transporta oxigenio), cianose, icterícia,
edema de face, Taquipnéia, necrose hepática.
* Benzocaina (Andolba)
Anestésico
local em forma de spray ou pomada. Estimula o SNC, causa tremores, convulsões e
por ultimo parada respiratória.
* Hidrocarbonetos
clorados (como lindane, clordane)
Presente
em alguns produtos de combate à pulgas e outros parasitas. A reação pode ser
imediata ou levar dias para ocorrer. Começa com uma resposta exagerada aos
estimulo, tremores, progressão para tremores cada vez mais fortes até um estado
convulsivo, febre.
* Hexaclorofeno
(agente germicida, encontrado em xampus, desinfetantes e sabonetes, como o Phisiohex)
É
rapidamente absorvido através da pele e trato intestinal. Causa em gatos
fadiga, fraqueza, incoordenação dos membros posteriores, febre, ausência de
urina, paralisia flácida completa.
* Carbaril (Carbamato
= usado em remédios contra pulgas como Talco Bulldog)
NUNCA,
principalmente como coleira, que expõe o gato constantemente. Causa lesão no
SNC e morte por parada respiratória.
Outros
produtos, anti-pulgas, carrapatos e sarna, proibidos para gatos:
Sabão
Bulldog; Sabão Bulldog Plus; Sabão Bulldog Sarnicida; Sabonete Antipulgas para
cães Tratto; Sabonte Parasiticida Asuntol; Sabonete Banzé; Sparay Bulldog
Antipulgas e Carrapatos; Spray Tratto; Talco Antipulgas Bolfo; Talco Banzé;
Talco Bulldog Contra Pulgas; Talco Tratto.
* Azul de Metileno:
Usado
em medicamentos para tratar infecções urinárias (deixa o xixi azul).
* Aspirina (AAS, Melhoral):
Primeiro
estimula e depois causa depressão respiratória, ulceração gástrica, diminuição
da agregação plaquetária, hipoplasia da medula óssea.
Nos
sinais se tem inicialmente: taquipnéia e depois depressão respiratória, febre,
anorexia, vômitos, gastrite hemorrágica, lesões renais, hemorragias, urina com
sangue por nefrite hemorrágica.
No
ser humano, 1 comprimido de aspirina leva de 3 a 4 horas para ser eliminado do
organismo, por isso é tomado 1 comprimido a cada 4 horas.
Nos
felinos, 1 comprimido de aspirina leva 72 horas para ser eliminado, ou seja,
dura 3 dias. Isso faz com que seja extremamente fácil causar uma overdose.
Medicamentos
que podem ser usados em alguns gatos com restrições e só com acompanhamento
veterinário
* Cloranfenicol
Causa
Aplasia de medula óssea, por não conseguir ser metabolizado e eliminado.
Sinais: animal fica cinza, abdomen duro, convulsão, fezes brancas.
* Lidocaína
Anestésico
local (Xilocaína) Pode causar contração muscular, hipotensão, náuseas e
vômitos.
* Anti-inflamatórios
não esteróides
Podem
causar úlceras.
* Tetraciclina
Pode
causar febre, diarréia, depressão
* Morfina
Risco
de superdosagem por acúmulo. Causa depressão do SNC, convulsões. Deve ser usada
com cautela. A dose máxima é de 0,1mg/Kg por via intravenosa. Para uso
pós-operatório.
* Fenobarbital,
Pentobarbital Sódico e Tiopental Sódico (barbitúricos usados como anestésico)
Causam
depressão respiratória e parada cardíaca. Usar com muito cuidado e monitoração.
O tempo de duração do efeito é mutio maior que em outras espécies.
* Diazepan, Valium e
Dienpax (tranquilizantes Benzodiazepínicos)
Via
intravenosa pode dar depressão respiratória. Usar com muita cautela.
* Clorpromazina
(Amplictil)
Em
altas doses (pré-anestésico comumente usado em cães)- tremores de extremidade e
cabeça, letargia, calafrios, rigidez, relaxamento do esfíncter anal. Acúmulo.
Só usar em último caso, dar preferência a outro pré-anestésico, como
Acepran+sulfato de atropina.
PARACETAMOL = veneno!! Muita atenção!
O
Paracetamol é um fármaco com propriedades analgésicas muito utilizado em
medicina humana que tem vários nomes comerciais como o Ben-U-Ron, Panasorbe,
Panadol, Tylenol ou Dafalgan, mas que não deve ser administrado aos gatos em
nenhuma situação.
A
ingestão de 50 a 60 mg de paracetamol por kg num gato pode ser fatal. Um gato
pesa em média 4kg e por isso se um comprimido de Ben-U-Ron, Panasorbe, Panadol
ou Tylenol têm 500mg, basta então meio comprimido para matar um gato adulto ou
um quarto para um gatinho; é só fazer as contas.
A
intoxicação por paracetamol nos gatos geralmente ocorre quando os donos
bem-intencionados e que desconhecem a grande toxicidade do paracetamol nos
felinos, o administram ao seu tigre de ter por casa por diversas razões. Por
exemplo quando o seu gato parece-lhe febril ou mais quieto ou mesmo sem
apetite. Lembro-me de um caso em que um gatinho terá caído de um andar e o dono
aflito ao acudi-lo, mesmo sem observar nenhuma lesão, terá administrado um
quarto de Ben-U-Ron ao gatinho de modo a tirar-lhe as possíveis dores
resultantes da queda. Após algumas horas ele começou a ver o seu gatinho a não
comer, a vomitar e a salivar muito intensamente, o que o levou a deslocar-se à
nossa consulta. Ao observarmos o jovem felino vimos um quadro de grande
abatimento, respiração rápida e gato babava-se profusamente e quando vi que
tanto as mucosas oculares, como as gengivas e a língua tinham um tom castanho
escuro suspeitei de intoxicação por paracetamol . Fiz então mais algumas perguntas
e o dono contou-me que tinha dado paracetamol ao gato. Imediatamente colocamos
um catéter na veia do braço (pata anterior) do gato para administrar-lhe
fluidos (“pô-lo à soro”) que ajudassem a diluir o tóxico e eliminá-lo através
da urina bem como para termos uma via aberta para a administração do antídoto
do paracetamol: a acetilcisteína, que é administrada a cada 4 a 6 horas durante
2 a 3 dias. Pode ser dado por via oral, mas é tremendamente complicado e ainda
mais quando o gato está a babar-se profusamente e com dificuldades
respiratórias. Quem tem gatos sabe como é difícil por vezes dar-lhes
medicamentos pela boca, e ainda mais se forem amargos, que é o caso. No momento
que colocamos o cateter vimos um sangue com uma cor anormalmente castanha escura,
que é resultante da reação do paracetamol nos glóbulos vermelhos
(metemoglobinémia) e que impedia que estes transportassem o oxigénio dos
pulmões (por isso a dificuldade respiratória) para os tecidos podendo causar a
morte por asfixia (que é a morte mais provável quando não há tratamento).
Pusemos também uma máscara de oxigénio para ajudá-lo a respirar. Este gatinho
recuperou completamente. Por vezes é preciso uma transfusão de sangue.
Normalmente se houver uma resposta positiva ao tratamento o animal fica bem em
48 horas, sem sequelas no futuro. O que nem sempre acontece porque quando nos
chegam à clínica já decorreram muitas horas e por vezes dias da intoxicação e o
gato que conseguiu resistir à asfixia, apresenta nessa altura uma tremenda
anemia por causa da destruição dos glóbulos vermelhos e icterícia (com as
mucosas e a pele amarelas) por causa da lesão do fígado, lesão irreversível
desse órgão essencial à vida, que contribui também para o aparecimento de
edemas na face e nas patas (o animal apresenta um aspecto grotesco devido à
cara inflamada e as patas inchadas) que é resultante da retenção de líquidos
por causa da diminuição das proteínas no sangue que são produzidas no fígado,
que são as albuminas. E infelizmente, já nesse estado, é muito complicado
reverter o quadro, resultando na morte do animal por falência hepática.
A
título de curiosidade: O paracetamol também é letal nas cobras tendo sido usado
na ilha de Guam para matar a cobra arbórea marron que tinha sido introduzida
acidentalmente na ilha pelos marines americanos durante a segunda guerra
mundial.
Por isso nunca é demais dizer, nunca dar PARACETAMOL aos gatos!
Aos
cães o efeito não é tão dramático ao nível dos glóbulos vermelhos, mas poderá
causar graves lesões hepáticas irreversíveis, por isso não o aconselho também
aos cães.
Não
custa nada telefonar ao vosso veterinário assistente antes de administrarem
qualquer fármaco e pedir um conselho. O vosso animal de estimação agradece.
E não se esqueçam, PARACETAMOL aos gatos, jamais!
Agora vamos as
doenças...
DERMATOSES
(Problemas
de Pele e Pêlos)
Pêlos emaranhados
São
um perfeito criatório de parasitas e predispõe à inflamações na pele.
Se
seu gato possui pêlo longo, escove-o com freqüência para evitar que fique
embolado.
Falhas de pêlo
Pulgas,
alergias, eczema e micoses são causas de coceira e irritações, com queda de
pêlo. Algumas vezes ocorre por stress.
As
micoses podem ser transmitidas para o homem, portanto tenha cuidado. Lave tudo
que o gato tem contato, com água sanitária e enxagüe com água quente.
Coceira
Coceira
na orelha, com pontinhos pretos, é sarna otodécica. Seu veterinário irá indicar
o melhor tratamento.
Esse
parasita se limita às orelhas, mas pode passar de um animal para outro,
principalmente se eles se lambem.
Todo
o ciclo de vida desse parasita é dentro da orelha, portanto não se preocupe
dele contaminar sua casa.
Coceira
e secreção saindo da orelha é sinal de infecção por bactéria ou fungo. Consulte
seu Veterinário depressa. Outras causas de coceira são: Pulgas, eczemas, alergias.
Acne Felina
Normalmente
se limita à região do queixo do gato. São lesões semelhantes à pequenas crostas
pretas, como se fossem sujeira. As razões podem ser por alergia alimentar,
falta de limpeza adequada, alergia ao plástico de comedouros e bebedouros.
* Use comedouros e bebedouros de vidro ou metal e lave-os com
freqüência.
Sarna Sarcóptica
A
Sarna é causada por um parasita que penetra fundo na pele e causa intensa
coceira. Freqüentemente ocorre infecção secundária por bactérias ou fungos. É
transmitida entre as espécies, inclusive para o homem. As áreas mais atingidas
são a cabeça, pescoço e orelhas. Se não tratada irá se espalhar por todo o
corpo.
Sarna demodécica
É
causada por parasitas microscópicos que habitam os folículos pilosos. A maioria
dos filhotes adquire da mãe, mas não apresentam sintomas nem doença. Quando por
algum motivo há queda de imunidade, esses animais desenvolvem a sarna.
Os
sintomas mais comuns são queda de pêlo, começando pela parte dianteira do corpo
e progredindo para todo ele.
Os
mais acometidos são os animais jovens.
Micoses
As
micoses superficiais são mais freqüentes em cães e gatos jovens (menores de 1
ano de idade), provavelmente pela pouca eficiência do sistema imunológico. São
adquiridas através do contato com a terra, pentes, toalhas, tapetes etc e com
outros animais. Estas também são potencialmente transmissíveis ao homem.
Micose
é a infecção de pele mais comuns de fungos observados em gatos. Ao contrário do que o nome, micose é causada
por um grupo de parasitas microscópicos de organismos fúngicos conhecidos como
dermatófitos (que significa "plantas que vivem sobre a pele"). Micose invade os mortos, as camadas externas
da pele, unhas e cabelo.
Existem
diferentes tipos de dermatófitos?
Sim,
existem. Em gatos, existem três tipos
mais comuns de dermatófitos que pode causar micose.
Microsporum
gypseum (M. gypseum)
Esta
espécie de micose é geralmente a partir de cães e gatos que escavar o solo
contaminado.
Microsporum
canis (M. Canis)
A
fonte desta espécie de micose é quase sempre um gato e representa cerca de
75-98% do ringworm visto em gatos*
Trichophyton
mentagrophytes
Esta
espécie infecta cães e gatos quando eles são expostos a roedores ou as tocas em
que vivem. Microsporum canis é a forma mais comum de micose em gatos. Acredita-se que até 20% dos gatos são
portadores assintomáticos. Isso
significa que eles carregam o fungo, mas não mostram sinais de infecção.
São
alguns gatos mais suscetíveis do que outras?
Micose
é mais comum em gatos jovens (menores de 12 meses de idade). Isto pode ser devido ao fato de que os seus
sistemas imunitários não amadureceram completamente. Imunodeprimidos (como os com FIV) são também
mais vulneráveis a micose. Gatos de
cabelos compridos também são mais propensos a ter ringworm do que os gatos de
pêlo curto, como são os gatos sob estresse.
Ringworm
é contagiosa?
Sim.
Microsporum canis em particular, é altamente infecciosa. Ela pode ser transmitida de gato para gato,
cão para gato, para cães, gatos para humanos, humanos para gatos, etc
Como
é que um gato infectado com micose?
Um
gato pode ser infectado com ringworm tanto pela exposição direta com um animal
infectado ou através do ambiente, tais como cama contaminados, equipamentos de
limpeza, tapetes e móveis. Os esporos
são anexados aos cabelos, que são eliminados no meio ambiente e pode permanecer
infectante por até 13 meses.
Como
posso saber se meu gato tem micose?
O
sinal mais reconhecido o seu gato está infectado com micose é manchas
circulares de perda de cabelo, especialmente em torno da cabeça e membros
(embora possa ocorrer em outras partes do corpo também). Outros sinais são: cinza, áreas irregulares
da calvície, com ou sem vermelhidão e coceira, seborréia seca (um tipo de
caspa), pele seca/esquisito, onicomicose (infecção da garra e clawbed).
Tinha e fungos
A
tinha é uma micose que se manifesta pela perda de pelo, inicialmente, em
pequenas zonas que podem alastrar-se se não for tratada imediatamente.
Esta
micose tem um tratamento longo, 20 dias, e deve ser feito com muito cuidado
pois é altamente transmissível entre gatos, o que implica que o gato fique em
quarentena, e é também contagioso entre gatos e humanos.
O
gato provavelmente vai perder parte do pelo em diferentes partes do corpo, mas
ele voltará a crescer normalmente. Terá que ter cuidado em lavar com mais frequência
as roupas onde ele dorme, para eliminar os esporos e aspirar com frequência o
local, para que os esporos que permitem o contágio não circulem pela casa.
Os
fungos são uma outra forma de micose mais frequente e com sintomas e tratamento
similares. O stress é um dos factores que pode justificar o aparecimento de
fungos e apesar de serem facilmente transmissíveis, pode acontecer também que
apensa um dos gatos da casa apresente propensão para este tipo de problema, que
pode ser regular.
Se
verificar que não existe contágio, não deve isolar o animal, porque aumentará a
situação de stress e assim os fatores que despoletam o fungo.
Como
é micose é diagnosticada?
1.
Lâmpada de Wood: Uma maneira simples de diagnosticar ringworm é a utilização de
uma lâmpada ultravioleta Madeira (também conhecida como luz negra) em seu gato,
embora apenas cerca de 50% das cepas ringworm vai aparecer. Os fios de cabelo vai um brilho verde
fluorescente quando exposta à lâmpada de Wood.
2.
Exame microscópico: Para o diagnóstico rápido, o seu veterinário pode optar por
realizar um exame microscópico dos cabelos para pores microscópicos de
fungos. Este método tem seu pros e
contras. Esporos são frequentemente
difíceis de ver, por isso é melhor executada por um micologista experiente (um
botânico que se especializa no estudo de fungos). Se a amostra retirada não tinha esporos, o
diagnóstico pode não ser precisa.
3.
Cultura: O seu veterinário pode levar algumas amostras de cabelo do seu gato da
região infectada e cultivá-las em um laboratório em uma cultura especial que
aumenta o crescimento de fungos. O
benefício da realização de uma cultura fúngica é que o laboratório será capaz
de diagnosticar a espécie exata do fungo.
Levará cerca de 10 dias para realizar a cultura.
4.
Biópsia: Às vezes, se o aspecto da lesão incaracterística uma biópsia será
realizada.
Quais
são os tratamentos para micose?
Uma
vez que o seu gato foi diagnosticado com ringworm você terá que tratar tanto o
gato e o meio ambiente. Se você mora em
uma casa de gato múltiplas, todos os gatos em sua casa terá de ser tratada. Siga atentamente as instruções da embalagem e
ou por seu veterinário no tratamento do seu gato. Em gatos saudáveis, ringworm, muitas vezes,
resolver-se em 2-4 meses. No entanto, é
recomendado que você tratar o seu gato para ringworm para acelerar o processo e
prevenir a infecção de humanos e outros animais de estimação.
Shampoos/Dips:
Lime mergulhos de enxofre são os mais eficazes.
Às vezes, recorte o gato (gatos, especialmente de cabelos compridos) é
recomendada para aumentar a eficácia do tratamento e também diminuir a
contaminação ambiental. O gato não deve
ser permitida a lambê-lo do casaco antes de secar, pois isso pode causar
vômitos.
Balneares
deve ser feito a cada 4-6 dias para cerca de 2-4 semanas. Cal mergulhos de enxofre pode causar
amarelamento da pelagem, isso no entanto vai desaparecer no tempo.
Griseofulvina
(Fulvicin®): Este é o mais comumente usado drogas anti-fúngicos e as drogas
anti-fúngicos licenciado apenas para uso no gato. Griseofulvina inibe a divisão da parede
celular de fungos, alterando a estrutura e função dos microtúbulos. Isto permite que o sistema imunológico do
gato para ganhar o controle e combater a infecção.
•
Dosagem: Ele vem em forma de comprimido administrado por via oral. Griseofulvina tem que ser tomado duas vezes
ao dia, com alimentos e é preferível alimentar uma refeição gordurosa.
•
Efeitos colaterais / precauções: Griseofulvin não pode ser usado em gatos stud,
fêmeas gestantes ou mulheres que estão planejando para procriar dentro de 2
meses de tratamento, pois ele pode causar defeitos de nascimento. Os efeitos colaterais incluem náuseas, febre,
letargia, diarréia, anemia. Em casos
raros griseofulvina pode causar supressão da medula óssea e também doença hepática
em gatos. Se o seu gato fica doente
procure atendimento veterinário imediatamente.
Griseofulvina não deve ser administrado aos gatos com FIV. As mulheres grávidas não devem manusear
Griseofulvin.
Outras
drogas que podem ser utilizados para tratar a micose incluem: Cetoconazol
(Nizoral®), itraconazol, terbinafina - (Lamisil®). Fale com o seu veterinário para maiores
informações.
Programa
® (Luthenuron): Foi sugerido que se demonstrou ser eficaz contra micose. No entanto já não é acreditado para ser um
método eficaz para o tratamento de micose.
Vacina
contra micose: Existe uma vacina ringworm feita por Fort Dodge chamada
Fel-O-Vax ® MC-K. Esta vacina deve ser
dada aos gatos de saúde ao longo de 4 meses de idade, e é um curso de três
injeções. Esta vacina só é eficaz para
M. Canis. Após uma dose inicial é
administrada uma segunda dose é dada 12-16 dias depois. A terceira dose é dada 26-30 dias após a
segunda dose.
Descontaminação
do Meio Ambiente: Vacuum diária e sempre que possível jogar fora o saco de
aspirador de pó. Água sanitária diluída
(1 parte de lixívia para 10 partes de água) pode ser usado para limpar as
superfícies, grooming Tapetes equipamentos etc e mobiliário suave devem ser
limpos a vapor. Roupa de cama e canis
também terá de ser desinfectado.
Posso
pegar micose do meu gato?
Sim,
é possível para os seres humanos para pegar micose de gatos e vice-versa. Abaixo está uma foto de micose.
Piodermites
(infecções bacterianas da pele)
Infecção
secundária à outra doença. É muito freqüente um animal apresentar micose ou
escabiose, associadas à piodermites. Seu aspecto é variado, por isso é de
difícil diagnóstico.
Problemas hormonais
Diabetes
mellitus, hipotireoismo (diminuição da atividade das glândulas tireóides) e
hiperadrenocorticismo (aumento da atividade das glândulas adrenais), podem
levar a piodermites crônicas e recidivantes (que melhoram e depois reaparecem),
além de causar queda do pêlo e alteração na cor da pele e do pêlo, podendo
ainda estar acompanhadas de obesidade.
O
Hipertiroidismo causa aumento da oleosidade da pele, os pêlos ficam feios e
oleosos.
Coriza felina
A
Coriza, conhecida popularmente pela constipação dos gatos, é uma infecção das
vias respiratórias superiores.
Manifesta-se
de muitas formas, normalmente em conjunto, nomeadamente, febre, corrimento
nasal, corrimento ocular e espirros.
É
também comum que o gatinho fique abatido e manifeste um estado geral de
prostação. Todo este mau estar provocado pela doença vai regra geral diminuir o
apetite do gatinho, que desta forma fica cada vez mais enfraquecido e sem
defesas.
Os
gatinhos bebés e os gatos idosos não vacinados são mais susceptíveis a esta
doença, podendo ser mortal se não for devidamente tratada. É uma doença que nos
gatos adultos é menos comum e pode ser evitada com a vacinação.
É
uma doença que facilmente se trata bastando, normalmente, 5 a 7 dias de
tratamento adequado e segundo prescrição médica.
Porém,
se não for tratada a tempo, pode ter consequências verdadeiramente dramáticas,
designadamente provocando a cegueira e até a morte.
Panleucopénia felina
A
Panleucopénia é provocada por um vírus e produz uma diminuição muito acentuada
do número de glóbulos, ao ponto de diminuir o sistema imunitário provocando que
o gato fique mais propenso a infecções.
Este
vírus é altamente contagioso e transmite-se pelo contacto com gatos infectados,
pelas excreções, particularmente pelo contacto com as fezes de gatos
infectados, mas também se pode transmitir por objetos contaminados, como as
taças da água e da comida ou mesmo através dos sapatos do dono.
Os
sinais alarmantes surgem se o gato apresenta sinais de uma depressão profunda
ou se aparenta debilidade física, vómitos e diarreia que pode ter sangue e o
pelo do gato fica baço.
Os
sintomas aparecem 2 a 10 dias após a exposição ao vírus e a doença dura
geralmente 5 a 14 dias.
Os
antibióticos não são eficazes para colmatar esta doença e o meio de a prevenir
é através da vacinação.
É
uma doença que pode dizimar ninhadas inteiras, se estas forem expostas ao vírus
nas primeiras semanas de vida.
Peritonite Infecciosa
Felina (PIF)
A
PIF é uma doença provocada por um vírus que existe com diferentes capacidade
patológicas, isto é, manifesta-se de forma distintas, enquanto algumas estirpes
não provocam qualquer tipo de doença, outras provocam um diarreia, enquanto
outras provocam a forma mais grave - a PIF.
Como
o PIF possui a capacidade de penetrar nas células de defesa do organismo sem
serem destruídos consegue invadir todo o organismo e provocar danos
irreparáveis.
A
doença pode acontecer por contágio entre gatos, através das fezes, mas também
pode resultar da mudança do vírus que vive habitualmente no intestino de gatos
saudáveis. Esta segunda hipótese pode resultar de factores genéticos ou então
de situações de grande stress.
Os
sintomas são ao nível digestivo, falta de apetite, emagrecimento, febre,
aumento do abdómen ou aumento dos gânglios linfáticos.
Após
a manifestação da doença a esperança de vida do gato é muito reduzida, pois não
existe nenhum tratamento eficaz.
A
PIF é, normalmente, uma doença dos gatos muito novos ou muito velhos (animais
com menos de 3 anos e mais de 10 anos de idade). Isto porque nestes grupos
etários os gatos possuem um sistema imunitário mais debilitado.
A
única forma de comprovar a existência da doença é um exame post mortem, pelo
que em vida apenas se pode falar em possibilidade de doença. O facto de o teste
ao coronavirus indicar a possibilidade de PIF, não pode servir como condenação
à morte. O gato pode ser tratado e recuperar, vivendo longos anos de uma vida
normal.
Otite
A
Otite é uma infecção nos ouvidos que podem resultar de ácaros, fungos ou
bactérias e provoca um grande mau estar no animal e por vezes dores. Nem sempre
é fácil diagnostica-la, até porque nem sempre é visível, embora em regra possa
observar a acumulação de cera escura ou notar mau cheiro. Pode tornar-se
necessário realizar teste adequado para confirmação do tipo de agente causador
da otite, uma vez que o tratamento é diferente. Mas os ácaros são regra geral,
um dos principais causadores deste problema.
Existem
sintomas que podem indicar o aparecimento de otites: por exemplo se notar que o seu gato tem muita
tendência para coçar os ouvidos, se notar que os ouvidos são uma zona muito sensível ao fazer festinhas,
ou se observar que o seu gatinho balança muito a cabeça ou tem a cabeça de
lado.
O
tratamento é normalmente longo, duas a três semanas, e deve ser realizado com
todo o rigor pois as otites são normalmente externas e facilmente curáveis, mas
quando não existe tratamento ou o tratamento é incorreto, as otites externas
podem transformar-se em otites internas.
DIARRÉIA
NOS GATOS
A
diarréia não é uma doença em si, ela é uma conseqüência de alguma coisa que fez
mal ao organismo e causou um "desequilíbrio" no trato
gastrointestinal.
Ela
é uma defesa do organismo, que tenta expulsar algo que está agredindo a mucosa
intestinal, sejam vermes, bactérias, vírus, protozoários ou mesmo uma
alimentação que não foi bem aceita pelo organismo. Por isso é importante
combater a causa também.
Se
seu gato apresenta diarréia persistente ou estiver apático, recusar comer ou
beber, leve-o rapidamente ao veterinário. A desidratação pode matar o filhote
em poucas horas.
Leve
uma amostra das fezes para que possa ser pesquisada a presença de parasitas.
Normalmente
a diarréia dura poucos dias, e se não apresenta outros sintomas, como febre,
ela não tem causa mais séria.
O
importante é manter o gato bem hidratado. Os sinais de hidratação são: olhos
brilhantes, saliva normal, presença de urina e pele solta e flexível na nuca.
Dieta
para animais com diarréia persistente:
*arroz
cozido
*yogurte
natural
*frango
cozido
*Caldo
de galinha
Não
use tempero. A alimentação leve e úmida previne contra a desidratação.
Possíveis
causas de diarreia
(Colin
F. Burrows. 1991. Diarrhea
in kittens and young catsi. pp. 415-418 IN J.R. August. Consultations in Feline
Internal Medicine. WB Saunders Co., Philadelphia.)
1)
Causas de diarréia aguda:
A)
Infecções
A1)
Virais
o
Panleucopenia
o
Leucemia Felina
o
Coronavirose
o
Rotavirus
o
Astrovirus
A2)
Bacterias
o
Salmonella
o
Campylobacter
o
Escherischia coli
A3)
Parasitas
o
Vermes
o
Coccidia
o
Giardia
o
Toxoplasma
Alguns
parasitas são muito difíceis de serem detectados nas fezes, depende do ciclo
(pode não estar na fase de postura de ovos).
Giardia,
Coccidia e Toxoplasma, também são muito difíceis de serem vistos nas fezes,o
fato do exame dar negativo não quer dizer que não estão lá.
Esses
parasitas agridem a mucosa intestinal, causando a diarréia.
Fazer
exames de fezes seriados para protozoários (giardia, ameba, cociidia, etc) ,
vermes. Infelizmente, esses microorganismos são muito difíceis de serem vistos
nas fezes.
B)
Mudanças bruscas de alimentação
Toda
vez que você for mudar a alimentação ou marca de ração, não faça de uma forma
brusca, isso pode causar diarréia. Mude aos pouquinhos, colocando quantidades
inicialmente pequenas da nova ração, misturada com a alimentação antiga. Vá
aumentando gradativamente, até que fique só a nova alimentação. A Flora
intestinal necessitada de tempo para se adaptar à nova comida.
C)
Ingestão de lixo
D)
Induzida por drogas: Acetominofen (Tylenol), Antibióticos.
As
causas mais comuns de diarréia aguda são infecções virais e mudanças bruscas na
alimentação.
2)
Causas de diarréias crônica
A)
Virus e Bacteriais: FIV, FeLeuk, Salmonella, Campylobacter, Clostridium.
B)
Parasitas
C)
Dieta
D)
Vários: Problemas inflamatórios no intestino, medicamentos, uso errado de
antibiótico, desequilibrio da flora intestinal, obstrução parcial do intestino,
causa desconhecida.
O
VÔMITO NOS GATOS
O
vômito nos gatos não é tão desagradável quanto em nós. Alguns gatos o fazem
todos os dias, outros raramente. O importante é que não haja nenhum outro sinal
de doença. De qualquer forma, se um gato que nunca vomita passa a fazê-lo, é
preciso verificar a causa.
Entre
as causas ditas normais de vômito podemos citar:
Pêlos
Normalmente
os gatos engolem muito pêlo quando se lambem, o vômito é uma forma de expelir
esse pêlo. Para evitar isso, escove seu gato regularmente, mesmo os de pêlo
curto. Existe no mercado produtos que previnem a formação de bolas de pêlo no
estomago deles.
MINHA DICA: Vez ou outra dê uma colher de sopa de azeite para seu gato, isso
facilita para expelir a bola de pêlo.
Comer
em excesso ração seca
Os
mais gulosos, comem muita ração, depois bebem bastante água. Quando essa ração
chega ao estômago, começa a absorver líquido e inchar. O estômago fica cheio
demais, o que causa o vômito. O vômito fica parecido com um tubo de ração.
Alergias
alimentares
Nesse
caso a troca de ração resolve. Mas cuidado com diarréia. Qualquer troca de
ração deve ser feita lenta e gradualmente.
Vermes
Hipertiroidismo
em gatos idosos
Ingestão
de plantas de jardim e vasos
Stress
PEDRA NOS RINS
Mas
comum nos machos, a Pedra no canal da urina é muito dolorido para o bichinho,
além de chá de quebra-pedra, agora consegui uma receita, que segundo a Joelma
(pessoa que comentou num blog) é eficaz. Aproveitem!
Olha
este comentário feito por Joelma numa postagem denominada “Cálculos urinários em cães e gatos”, no blog http://adoraveiscompanhias.blogspot.com.br/2011/02/invista-na-alimentacao-e-economize-no.html:
“Olá,
ja tive um gato com pedras, dizem que é da ração ou da própria genética,
siamêses tem muito problema com isso. Está semana estou passando isso com outro
siamês meu. Porém da outra vez eu curei o meu gato com uma receita que um amigo
me ensinou eu dava glicerina medicinal com umas gotas
de limão na seringa. 2 ml 3 vezes ao dia, e foi assim que ele ficou bom
é meio difícil de acreditar pq é uma coisa tão simples e barata e não faz mal
nenhum. Só tive dificuldade de encontrar a glicerina medicinal que é aquela que
pode ser ingerida precisa ser da medicinal agora estou administrando o mesmo
remedinho pro outro gato e já vi melhoras.”
Os
cálculos urinários ou urólitos (pedras) ocorrem com frequência em cães e gatos
e se formam, normalmente, na bexiga e uretra. Os cálculos localizados dentro
dos rins (pedra no rim) são bem mais raros.
A
formação do cálculo se dá a partir do aparecimento de cristais na urina. Esses
cristais podem ter diversas composições (uratos, oxalato de cálcio, fosfato
triplo, sílica e cistina). Por fatores ainda não totalmente conhecidos, os
cristais começam a se agrupar formando o cálculo.
Além
de uma predisposição (tendência) que alguns animais têm em formar os urólitos,
existem fatores que contribuem para o aparecimento deles. Entre eles estão:
infecções urinárias, deficiência de vitamina A, dieta alimentar e retenção de
urina. Neste último caso, animais que não urinam dentro de casa devem ser
levados para a rua pelo menos 3 vezes ao dia para que não retenham a urina por
muitas horas.
A
idade em que os cálculos aparecem com maior frequência está entre 1 e 6 anos. É
mais comum em machos.
Uma
vez formado o cálculo, o animal pode apresentar um ou mais sinais clínicos. Os
mais comuns são: sangue na urina, dificuldade de urinar (gotejamento de urina),
não conseguir urinar (obstrução das vias urinárias), dor abdominal, apatia e
falta de apetite.
O
diagnóstico dos cálculos urinários pode ser feito pela simples palpação da
bexiga (diagnóstico de cálculos grandes) e histórico do animal, mas é
interessante proceder a exames complementares como ultra-sonografia, raio X e
exame de urina.
O
tratamento é cirúrgico, pois, normalmente, o cálculo é muito grande, há uma
obstrução completa das vias urinárias (se o animal não consegue urinar) ou há
uma grande quantidade de cálculos. Há raros casos em que o animal consegue
expelir a pedra, mas isso demanda de tempo e muito sofrimento.
Após
retirado, o cálculo deve ser analisado para se conhecer a sua composição. A partir
daí, vai se instituir uma terapia para prevenção do aparecimento de novas
pedras. O pH urinário deve ser ajustado (dependendo da composição do urólito),
a dieta controlada e a ingestão de água deve ser estimulada para que sempre
haja um grande fluxo de urina, evitando-se assim a chance dos cristais se
unirem novamente. Antibióticos também são usados.
Os
animais que já tiveram cálculos ou são predispostos ao seu aparecimento
(apresentam cristais na urina) devem fazer o tratamento preventivo e serem monitorados
através de exames de urina frequentes.
Cálculos
urinários
Sistema urinário
Os
gatos possuem um sistema urinário sensível (sobretudo os gatos machos podem ter
propensão para problemas ao nível urinário, que resultam da acumulação de
cálculos de estruvite (os mais frequentes), em consequência da ingestão em
excesso de sais minerais.
Algumas
rações têm este fato em consideração e os seus ingredientes são apropriados às
necessidades alimentares dos gatos, evitando este tipo de problema.
Os
sintomas de entupimento do canal da uretra são diversos: a urina mais escura,
eventualmente com sangue, o gato sente desconforto quando vai ao wc e pode
inclusive deixar de conseguir urinar, miando com dores.
Se
a uretra ficar completamente entupida, os rins podem parar e conduzir à morte.
Deve levar com urgência o seu gato ao veterinário, se notar algum destes
sintomas.
Para
prevenir, pode ver com o seu veterinário uma alimentação apropriada.
Insuficiência Renal
Sobretudo
nos gatos mais idosos, os rins são um dos primeiros órgãos a apresentar um
funcionamento deficiente, podendo culminar numa insuficiência renal.
Os
rins deixam de ter capacidade para limpar o sangue dos detritos e pode conduzir
a um envenenamento gradual do organismo, que no limite conduz à morte.
Um
dos sintomas da doença é o aumento da sede e logicamente do consumo de água.
O
gato vai perdendo o apetite, emagrece, o pêlo fica sem brilho, e torna-se cada
vez mais apático.
Pode
ainda ficar com um intenso e desagradável cheiro no corpo e na boca.
A
insuficiência renal não tem cura, mas pode ser controlada. Sem dos sintomas
apontar para esta possibilidade, consulte o veterinário, para que possa tomar
as providências necessárias para aumentar as possibilidades de sobrevivência do
seu gato.
Modificação
Ambiental Multimodal para Tratamento da Cistite Intersticial Felina
Há
uma grande similitude entre a cistite intersticial humana e a felina, onde em
ambas é visto uma piora dos sintomas em situações de estresse e mudanças
ambientais.Tanto em gatos,como em humanos, a quantidade de fibras nervosas
sensoriais na mucosa vesical está aumentada,assim como a quantidade de
mastócitos, responsáveis pela liberação de histamina,também estão em maior
número na bexiga desses indivíduos que sofrem da doença.
Gatos
que apresentam repetidamente sinais como: dificuldade e dor ao urinar, periúria
(micção em lugares inapropriados), hematúria (sangue na urina), sem a presença
de cálculos urinários ou infecção bacteriana urinária, são fortes suspeitos de
sofrerem de Cistite Interticial.
Acredita-se
que o papel do ambiente é de fundamental importância no desenvolvimento da
doença. Animais que vivem confinados em lugares pequenos, monótonos e
previsíveis possuem um risco maior em desenvolver a cistite, associado à
predisposição genética do indivíduo. Assim como ambientes com muitos gatos, aonde
a competição por espaço é aumentada e a possibilidade de conflitos é maior.
Várias
enfermidades foram associadas ao estresse ambiental, como problemas
comportamentais, obesidade, diabetes, hipertireoidismo e urolitíases.
Na
verdade, qualquer mudança no dia-a-dia do gato pode iniciar ou reincidivar uma
cistite intersticial. Em um estudo, foi demonstrado o aumento do número de
casos de hematúria e estrangúria em gatos na Califórnia, após um terremoto. (Caston,1973)
A
"MEMO", ou Modificação Ambiental Multimodal é um conjunto de medidas
ou recomendações ao proprietário de gatos, a fim de diminuir a probabilidade da
ativação do sistema de resposta ao estresse do felino. Baseia-se na educação do
proprietário, mudanças na relação entre o gato e seus contatantes e outros
animais do ambiente, alterações na alimentação, evitando-se situações ou fontes
de estresse, além de aumentar a ingestão de água, melhorar a limpeza e o manejo
das liteiras, sempre procurando mantê-las em locais calmos e seguros para o
gato, montar estruturas e mobílias altas para que o felino possa escalar e
"abrigar-se", aonde eles possam "vigiar" o ambiente, sentindo-se
seguros. Tentar resolver os conflitos entre os indivíduos que coabitam o lugar,
identificando as "fontes" de estresse e aumentar a interação entre o
dono e o gato.
Em
um estudo (Buffington et al,2006), 46 gatos com histórico de cistite
intersticial foram submetidos a MEMO, dentre estes, cerca de 33 animais
apresentavam comportamento medroso ou inseguro, e cerca de 25% eram agressivos.
A grande maioria não estava sendo tratado com nenhum fármaco. O acompanhamento
foi aproximadamente por 10 meses, onde 75% dos animais não apresentaram mais
sinais de Cistite Interticial, como hematúria ou polaciúria. Foi observada
também uma melhora em outros quadros clínicos associados ao estresse, como
problemas respiratórios (tosse e espirro) e dermatites.
Os
autores relataram que a MEMO deve ser instituída antes mesmo da terapia
farmacológica, ressaltando que nem medicamentos e nem mudança na alimentação
são satisfatórias quando utilizadas sem o enriquecimento ambiental.
É
importante salientar ao proprietário o caráter multifatorial da doença e que a
resposta ao tratamento é totalmente individual, dependente de cada caso. No
site www.indoorcat.org encontram-se
importantes instruções aos proprietários para ajudar no enriquecimento
ambiental.
Por Reginaldo Pereira
HIPERGLICEMIA
EM GATOS
A hiperglicemia é uma alteração comum na
clínica de felinos. Sabe-se que eventos estressantes associados a procedimentos
clínicos, como coleta de exames, internamentos e consultas, tornam o felino
hiperglicêmico momentaneamente. A liberação de noradrenalina e ativação do
sistema nervoso simpático podem até mesmo proporcionar uma glicosúria. Devendo
assim,o clínico ficar alerta para não cometer erros no diagnóstico e tratamento
do paciente.
O metabolismo do felino o diferencia
totalmente dos outros animais domésticos. Gatos são carnívoros verdadeiros, e
assim, não conseguem metabolizar com habilidade a glicose. Possuem uma
atividade mínima da enzima hepática chamada Glicoquinase, que é responsável
pela fosforilação da glicose no fígado. Além disso têm uma atividade mínima da
Glicogênio-sintetase, portanto não conseguem converter perfeitamente a glicose
em glicogênio, sendo mais susceptíveis à hiperglicemia, possuindo assim, uma
dificuldade em controlar a mesma.
Interessantemente, gatos anoréxicos
geralmente também estão em hiperglicemia. Fatores inflamatórios, como
interleucinas, citocinas, fator de necrose tumoral, inibem a ação da insulina. Portanto,
é muito comum em gatos hospitalizados, quadros de hiperglicemia. Embora este
evento seja comum também em cães e em humanos, acredita-se que em felinos
ocorra muito mais.
Alguns importantes estudos já foram
publicados relatando a prevalência e a significância da hiperglicemia em gatos
hospitalizados. Em um trabalho mais recente, Ray et al (2009), relatou que em um grupo de 182 gatos internados
devido a causas variadas, 64,8% encontravam-se em hiperglicemia, e que os
mesmos tiveram um período de hospitalização muito maior, em comparação aos
normoglicêmicos. Dentre os óbitos,66,7% também eram hiperglicêmicos, o que
demonstra a relevância do estado glicêmico no prognóstico do felino enfermo. Percebeu-se
também que 93,7% dos gatos em estado febril estavam hiperglicêmicos, o que é
justificado pela interferência dos mediadores inflamatórios no controle
glicêmico.
O que o
clínico veterinário deve saber, diante da comum hiperglicemia no gato,é que NÃO
se deve administrar fluidos ricos em glicose no paciente felino, principalmente
em estados anoréxicos e críticos. O que menos o felino precisa neste
momento é de glicose, já que não têm as condições necessárias para
"lidar" com esta. A pronta e assistida hidratação, associada à
alimentação enteral é o recomendado para essas situações.
Por Reginaldo Pereira
FIV (AIDS
Felina) e FeLV (LEUCEMIA Felina): O que os proprietários devem saber.
Tão quão importante o diagnóstico das retroviroses felinas (FIV e
FeLV), é também o esclarecimento e a conscientização dos proprietários em
relação à transmissão, epidemiologia e cuidados com o paciente infectado.
As
duas enfermidades possuem algumas características semelhantes. São causadas por
retrovírus, a FeLV (Leucemia Felina) é por um Retrovírus Gama com vários
subtipos e a FIV (Imunodeficiência ou AIDS Felina) é causada por um Lentivírus.
Ambos são transmitidos por contato direto, como lambeduras e mordidas, mas
também através da amamentação, por via placentária, tranfusões sanguíneas e
muito dificilmente pelo coito (FIV).
São
doenças comuns em locais com muitos gatos aglomerados, onde há o contato direto
próximo e frequente entre os indivíduos. Ambientes onde há um fluxo de entrada
e saída constante de animais também favorecem a proliferação dos vírus.
A
FIV e a FeLV predispõem aos gatos acometidos várias doenças e quadros mórbidos,
diminuindo bastante a expectativa de vida. Ambas podem causar imunodeficiências
e surgimento de neoplasias malignas nestes animais. Estes retrovírus destroem
as células de defesa do felino, proporcionando infecções secundárias, como
distúrbios intestinais, problemas neurológicos, anemias profundas, infecções na
pele, micoses, gengivites, periodontites, otites e falência orgânica mais
tardiamente. Por interferirem na replicação das células do gato, principalmente
o FeLV, predispõem o animal infectado à formação de tumores em qualquer região
ou sistema orgânico, principalmente ao surgimento de Linfomas.
Geralmente,
a maneira de como o gato infectado irá apresentar a doença dependerá da fase da
vida em que acontece a contaminação. Pacientes que se infectam quando filhotes
ou jovens tendem a desenvolver a enfermidade de uma forma mais grave ou
destrutiva.
O
diagnóstico precoce é importante, principalmente para impedir a proliferação da
doença, mas como também para dar um suporte ao felino acometido. Há exames
rápidos para a detecção de animais positivos como o sorológico (ELISA), que é o
teste inicial a ser realizado.
Quando
ou quais gatos deverão ser testados?
Gatos
recém adquiridos, principalmente vindos da rua, devem ser testados antes de
entrarem no ambiente. Filhotes antes da vacinação. Doadores de sangue. Animais
que têm acesso à rua. Todo e qualquer felino doente e gatos que tiveram contato
com soropositivos.
O
teste FIV e FeLV é de resultado 100% seguro?
Não,
nenhum teste é de sensibilidade 100%. Podem ocorrer falsos-positivos e
falsos-negativos, por problemas na coleta e pela fase da doença no animal, como
por exemplo. É muito importante retestar o animal em casos duvidosos com 30 a
60 dias, e é necessário salientar que NEM TODO ANIMAL POSITIVO ESTÁ DOENTE, alguns
casos o felino consegue debelar a infecção, ficando livre da doença. Pode-se
lançar mão a outros tipos de exames, conjuntamente com os sorológicos, como os
testes de PCR RNA-viral ou DNA-viral (Pró-Vírus), ajudando a identificar
animais infectantes e não-infectantes.
A
prevenção é de fundamental importância. Existe vacina somente contra FeLV aqui
no Brasil. Gatos de grupos de riscos devem ser vacinados, como os que vivem
semi-domiciliados e de ambientes com vários outros indivíduos. Não recomenda-se
vacinar animais que vivem isolados em apartamentos, sem contato com outros
gatos, não é necessário nestes casos. A castração precoce pode diminuir o risco
de infecção, visto que dificulta o comportamento de risco do indivíduo, em sair
e brigar com outros gatos. Deve-se evitar, também, a entrada de novos animais, principalmente
não-testados e de origem desconhecida. Em casos positivos, recomenda-se separar
o felino doente, evitando que este saia ou entre em contato com outro gato.
O
tratamento é praticamente de suporte, visto que os anti-virais humanos
recomendados são de difícil acesso. Uma excelente alimentação, cuidados
higiênicos, profilaxia dentária, vacinação, vermifugação em dia e claro
acompanhamento veterinário, são fundamentais. Devido à natureza das duas
doenças, um gato com FIV geralmente vive mais do que um com FeLV. Animais com o
vírus da Leucemia Felina tendem a desenvolver quadros mais graves precocemente.
Finalmente,
as duas doenças NÃO ACOMETEM O SER-HUMANO. Inúmeros trabalhos e pesquisas já
comprovaram que a AIDS Felina e a Leucemia Felina NÃO é transmitida ao homem.
Por Reginaldo Pereira
SÍNDROME
DE IMUNODEFICIÊNCIA FELINA E A LEUCEMIA
O
que são a Sindrome de Imunodeficiência felina e a Leucemia? São doenças a vírus
dos gatos. São muito graves e quase sempre mortais. Veja como evitar essa
doença os sintomas que ela pode causar e se há cura....
(Vírus
da Imunodeficiência Felina – FIV e Vírus da Leucemia Felina –Felv).
Quais
são os Sintomas ?
-
Ambas as doenças podem causar: febre, falta de apetite, prostração e baixa de
imunidade (diminuem as defesas do organismo facilitando o aparecimento de
infecções oportunistas que por sua vez se podem manifestar com diarreia,
pneumonias, infecções urinárias, etc).
São
contagiosas para o ser humano ?
-
Não
Como
é feito o contágio ?
-
Estas doenças podem ser transmitidas por: mordedura, contactos sexuais e por
via placentária (da mãe para os filhos durante a gravidez).
Há
prevenção ?
-
A Leucemia tem Vacina que pode ser administrada a partir dos dois meses de
idade.A sindrome de imunodeficiência felina infelizmente não tem vacina.
O
facto de um animal ser esterilizado diminui de forma muito importante o risco
de vir a contrair uma destas doenças, uma vez que se eliminam as principais
vias de transmissão (contactos sexuais e lutas territoriais).
Há
cura?
-
Não. Embora haja alguns tratamentos que podem prolongar a vida do animal e
melhorar a sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo temos que ir combatendo as
infecções secundárias que podem ir surgindo.
Um
animal com estas doenças tem sempre sintomas?
-
Não. Um animal aparentemente saudável pode ser portador duma destas doenças
durante bastante tempo antes de apresentar sintomas.
É
importante fazer o despiste destas doenças, quando se fica com um gatinho que
vem da rua ou cuja mãe não foi vacinada.
Em
Resumo:
-
FIV e Felv são dois virus que provocam doenças muito graves nos gatos.
-
São contagiosas apenas entre gatos, não atingem o homem nem outras espécies
animais.
O Uso do Meloxican em Felinos com Doenças
Articulares.
As Doenças Articulares Degenerativas (DAD's)
são quase sempre subdiagnosticadas em gatos. Osteoartrites de articulações
apendiculares e degenerações de discos intervertebrais são muito mais comuns em
felinos do que se diagnosticam no dia-a-dia da clínica. Um estudo retrospectivo
com 100 gatos com mais de 12 anos de idade (com a média de 15 anos) foi
demonstrado que em 90% destes, haviam sinais radiográficos de DAD, principalmente
osteoartrite (HARDIE et al,2002). Em outro trabalho, foi encontrado evidências
de DAD em 67% de felinos necropsiados com média de idade de 10,5 anos(READ et
al,1968).Em artigo mais recente(LASCELLES et al, 2010), foi evidenciado sinais
radiográfico de DAD em pelo menos uma articulação,em 91% dos gatos de um grupo com a faixa etária
de 6 meses a 20 anos.
Acredita-se que o estilo de
vida e comportamento do felino,dificultem o diagnóstico da doença articular
degenerativa,pois é uma espécie que "esconde" mais os sinais, comparativamente
com o cão. Entretanto, determinadas mudanças podem ser notadas pelo
proprietário e repassadas ao clínico: dificuldade ou relutância em pular e
subir móveis, claudicação, diminuição do "grooming", dor à
manipulação,diminuição da defecação,hipoanorexia,são sinais que podem ser
observados.
Estas condições determinam
um impacto considerável na vida do felino geriátrico, assim um controle dessas
alterações, principalmente o controle a
longo prazo da dor, é muito importante para a melhora substancial da qualidade
de vida do nosso paciente. Porém, o uso de antiinflamatórios, principalmente os
não-esteroidais (DAINES), devem ser instituído com extrema cautela em gatos
mais idosos,pois geralmente os problemas articulares coexistem com as
disfunções renais, comuns nos felinos desta idade.
O meloxican têm sido
utilizado em diversas pesquisas para o tratamento a longo prazo da DAD, com a
prescrição de doses mínimas, durante longos períodos, mesmo em felinos
nefropatas.Um estudo bem atual e interesssante (GOWAN et al ,2011),utilizou
cerca de 214 gatos, com mais de 7 anos, com pelo menos duas das seguintes
evidências de DAD: Diminuição da habilidade em pular; Achados físicos, como
dor, crepitação ou efusão articular e/ou achados radiográficos sugestivos.
Foram divididos em quatro grupos: Animais com insuficiência renal em tratamento
com meloxican, animais sem insuficiência renal em tratamento com meloxican e
dois grupos controles,tanto de nefropatas como normais,sem tratamento com
meloxican. A dose utilizada nos gatos tratados foi de 0,02mg/kg SID, por mais
de 6 meses.
Os proprietários foram
educados a dar o medicamento sempre com alimento ou após refeição, e não
continuar o tratamento em casos de vômitos, diarréia e desidratação. Todos os
gatos foram examinados e acompanhados periodicamente através de avaliação
física, escore corporal e hidratação; perfil bioquímico sérico e urinálise, com
estadiamento pela creatinina sérica e densidade urinária. Os resultados foram
bastante interessantes,não sendo detectado nenhum efeito deletério do meloxican
nestes animais,mesmo nos doentes renais.Até mesmo a média da creatinina sérica
no grupo de nefropatas tratados com o fármaco, foi menor do que a média do
grupo dos nefropatas que não receberam o medicamento.
Há duas hipóteses para
o efeito benéfico do meloxican nestes casos: primeiramente a excreção
predominantemente fecal do mesmo(cerca de 80%) e a segunda,que acredita-se que
a inflamação crônica do interstício renal pode ser reduzida com o seu uso,mas
que precisa de maiores estudos para a comprovação.
Finalmente, a prescrição
criteriosa do meloxican, a longo prazo,para o controle das dores e doenças
degenerativas articulares dos felinos,demonstra-se ser segura,desde que o
animal esteja normohidratado, normotenso e com comorbidades monitoradas.
Foliculite
Mural Degenerativa Mucinótica
A
Foliculite Mural Idiopática Felina ou Foliculite Mural Degenerativa Mucinótica
é uma causa rara de dermatite esfoliativa felina. Já é bem conhecida na Europa,
entretanto no Brasil ainda é pouco diagnosticada.
Acredita-se
que a enfermidade seja uma síndrome em resposta a uma doença sistêmica, principalmente
a neoplasias. É originada pela destruição dos folículos pilosos por células
inflamatórias, incluindo linfócitos e neutrófilos,compreendendo primariamente a
bainha externa do pêlo acima do istmo folicular. A mucina é produzida pelos
queratinócitos quando estimulados pela infiltração dos linfócitos no folículo.
O
felino enfermo é na maioria das vezes adulto a idoso, entre 7 a 12 anos, apresentando
uma quadro rápido de alopecia, eritema, crostas e descamação, principalmente
facial,mas que logo se distribuem para os membros, pescoço e dorso. O aspecto
facial fica característico,com um edema de pálpebras e de espelho nasal. Comumente
não há prurido,ou se presente, é discreto.
O
diagnóstico diferencial deve incluir as dermatofitoses, hipersensibilidade
alimentar e atopia, linfoma epiteliotrópico, pseudopelada e timomas. Culturas
fúngicas são importantes para descartar os parasitas. Dieta de eliminação
também é fundamental para o diagnóstico e até terapia, já que um caso de
Foliculite Mural já foi associado à dieta comercial (J. Declerq,2000).
O
histopatológico de pele é essencial para se fechar o diagnóstico. As biópsias
dever ser sequênciais, assim podemos diferenciar ou mesmo determinar uma
neoplasia,como o linfoma epiteliotrópico. Por suspeitar-se também,que a
Foliculite Mural seja uma síndrome paraneoplásica, deve-se investigar
minuciosamente o paciente, utilizando-se exames bioquímicos e de imagem,como
ultrassonografia e radiografias, descartando como por exemplo,um timoma,que
pode causar uma dermatite esfoliativa semelhante.
O
estado FIV/FeLV do felino é importante,visto que a associação do quadro com o
Vírus da Imunodeficiência Felina piora ainda mais o prognóstico,onde há lesões
mais severas nos folículos pilosos.
Ainda
não há relato de cura da doença. Tratamentos à base de corticóides e
imunossupresores não foram satisfatórios. Em todos os casos reportados os
animais vieram a óbito em média de 4 meses após o diagnóstico.Devido a sinais
sistêmicos,como apatia,hipertermia,emagrecimento, diarréia, sugere-se uma
doença sistêmica associada,ainda não determinada. Nos animais necropsiados, não
foram encontrados alterações relevantes para a elucidação da causa.
Finalmente,
pela a suspeita de que a Foliculite Mural Degenerativa Mucinótica seja uma
síndrome paraneoplásica, advindo-se novos casos confirmados, deverá-se
investigar possíveis neoplasias, a fim de obter-se uma luz para a cura do
animal.
FISIOTERAPIA
E REABILITAÇÃO DO PACIENTE FELINO
Fisioterapia
e Reabilitação é um campo que vem crescendo rápido na medicina veterinária.
Pacientes felinos na fisioterapia e reabilitação são ainda em número menor
quando comparado com os cães. Esta pode ser uma consequência da falsa crença de
que os gatos não são tratáveis com os métodos tradicionais de fisioterapia por
causa do seu comportamento.
Exame clínico e
fisioterápico
Antes
de iniciar um programa de fisioterapia, um exame clínico completo deve ser
realizado. Não se deve iniciar um programa de reabilitação sem o diagnóstico
clínico. Convém salientar que mesmo o animal sendo encaminhado por um clínico
geral ou ortopedista, se faz necessário o exame fisioterápico por parte do
fisioterapeuta. Além disso, deve ser dada atenção importante para o exame
físico e métodos de imagem para aprimorar ainda mais o diagnóstico.
-
Condição muscular geral, simetria e tônus: Gatos mais velhos ou gatos que foram
submetidos a tempo prolongado de imobilização, como gatos presos em gaiolas e
com movimentos restritos, muitas vezes mostram atrofia e diminuição da força
muscular. A massa muscular do gato pode ser medida com o auxílio de uma fita métrica,
mas é de grande importância que se faça a medida de circunferência do membro
sempre no mesmo local. Nos casos de distúrbios neurológicos, o tônus muscular
pode estar diminuído ou aumentado. Espasmos musculares dolorosos que ocorrem
secundariamente a distúrbios ortopédicos e neurológicos podem também ser
detectados durante a avaliação.
-
Amplitude de movimento passivo das articulações: É o meio mais confortável que
uma articulação pode ser movida por meio de um fisioterapeuta sem resistência
ou sinais de desconforto. A amplitude de movimento pode ser medida com um
goniômetro.
Recomendações
especiais quanto ao paciente felino na fisioterapia:
-
Em geral, os gatos são menos tolerantes do que os cães e, portanto, é mais
difícil de realizar exercícios com eles.
-
Os gatos são relativamente impacientes e ficam rapidamente entediados.
Portanto, o tempo de sessão deve ser o mais curto possível além de oferecer uma
maior variedade de atividades.
-
As características comportamentais dos gatos, como jogar e caçar, podem ser
usadas para desenvolver exercícios ativos.
-
Nem todos os tratamentos são tolerados por todos os gatos. Alguns gatos gostam
de eletroterapia ou tratamento de ultrassom, outros não. Portanto, cada
tratamento deve ser introduzido com cuidado para evitar lesões no paciente e
terapeuta.
-
Alguns gatos toleram a hidroterapia. No entanto, para a maioria dos gatos este
procedimento causa estresse elevado e deve ser utilizado apenas como última
opção.
Técnicas
fisioterápicas
Massagem
A
massagem tem sido comprovada como uma modalidade de tratamento eficaz em várias
condições e é frequentemente recomendada para a reabilitação de pequenos
animais. Existem diferentes técnicas de massagem descritas na literatura.
As
massagem são indicadas para a melhoria dos espasmos musculares secundárias a
lesões músculo-esqueléticas, aumentando o fluxo sanguíneo, aumentando a
elasticidade dos tendões e ligamentos, melhora articulações e a função
muscular, e evitar aderências do tecido após cirurgia.
Uso de Calor *
É
útil nos casos de osteoartrite, dor devido a espondilartrose, lesões de disco
ou outras doença da coluna vertebral, espasmos musculares, e para preservar
tecidos, como músculos e tendões para o exercício.
Uso do Frio
(Crioterapia)*
É
útil para diminuir a dor, edema e processo inflamatório após cirurgia e
exercícios e reduz o inchaço e dor aguda nos casos de osteoartrite, por
exemplo.
*Nunca
utilize as técnicas de calor ou frio sem recomendação veterinária, visto que
existem contra- indicações para tais casos e tempos superiores ao recomendado
podem causar queimaduras.
Ultrassom terapêutico
É
comumente usado para aquecimento de tecidos profundos para melhorar a
extensibilidade dos tecidos conjuntivos, para diminuir a dor e espasmos musculares,
e para promover a cicatrização dos tecidos e melhorar a qualidade do tecido
cicatricial.
No
modo contínuo há uma predominância dos efeitos térmicos, sendo utilizado
principalmente para aquecimento antes do alongamento do tecido. No modo pulsado
os efeitos térmicos são mínimos, mas pode ocorrer uma variedade de efeitos com
base na fase de reparação tecidual incluindo aceleração do processo
inflamatório, maior proliferação de fibroblastos, resistência a tração etc.
É
indicado para aumento da temperatura antes do alongamento, diminuição da dor,
tratamento de tendinite calcificante e aceleração de processos de cicatrização
de feridas em geral.
Laser Terapêutico
Os
lasers terapêutico emitem, no máximo, 1mW (miliwatt) de energia; portanto, seus
efeitos são biomoduladores e não-térmicos. As reações fotoquímicas geradas
atuam no metabolismo celular. Podem ser utilizados próximo a fase aguda por não
produzirem aumento de temperatura.
Suas
principais indicações são cicatrização de feridas, tratamento de áreas com
inflamação e edema, cicatrização tendínea, alívio da dor, além do tratamento de
afecções osteoarticulares e lesões de nervo periférico.
Magnetoterapia
Geralmente
são utilizados campos magnéticos pulsáteis: onde a forma de energia é obtida
através de uma corrente elétrica que passa por um condutor em espiral, criando
o campo magnético ao redor.
Esta
terapia é indicada principalmente para tratamento de fraturas de difícil união
(podendo ser usado mesmo na presença de gesso e implantes metálicos), pseudoartrose,
artrodese que falharam, osteoartrose, tendinites, periostites, feridas
crônicas, dentre outras patologias.
Eletroterapia
É
uma modalidade fisioterápica útil e na maioria das vezes é possível em gatos,
na verdade, muitos gatos gostam dessa modalidade. Os seus dois usos mais comuns
utiliza a estimulação elétrica para fortalecimento muscular e controle de dor.
É
indicado para controle de dor, melhoria de espasmos musculares, prevenção de
atrofia muscular e fortalecimento muscular em geral.
Exercícios
terapêuticos
É
uma das partes mais importante no processo de reabilitação. O protocolo do
programa de reabilitação depende das necessidades de cada paciente e deve
assegurar que os exercícios podem ser realizados de forma segura sem o risco de
agravar os sintomas. Os exercícios devem ser selecionados de acordo com a fase
de reparação tecidual, e portanto, o fisioterapeuta deve entender da patologia
subjacente, do progresso esperado e suas considerações biomecâmicas.
Geralmente
os exercícios terapêuticos tem diversas metas nestas se incluem: melhoria da
amplitude de movimento, aumento da massa muscular e força, condicionamento e resistência,
uso dos membros, melhoria coordenação e propriocepção e melhora do desempenho e
função diária.
Os
exercícios mais comuns são a movimentação passiva, alongamento, Exercícios
isométricos, brincadeiras com laser, brinquedos diversos e petiscos, exercícios
de carrinho de mão e de dança.
Dentre
as patologias mais conhecidas que podem ser recomendadas o emprego da
fisioterapia se destacam a osteoartrite, controle da dor em geral (aguda ou
crônica), ruptura de ligamento cruzado cranial, luxação de patela, displasia
coxofemoral (principalmente nas raças conhecidamente predispostas como o Maine
Coon), doença do disco intervertebral (hernia de disco), reabilitação
ortopédica e neurológica, não uniões ósseas, cicatrização de feridas, dentre
outras. Além disso, a fisioterapia pode ser aliada a exercícios em animais
obesos para emagrecimento e usada em animais idosos para melhorar a qualidade
de vida.
Cabe
ressaltar que todo tratamento fisioterápico deve ser feito por profissionais
habilitados visando o melhor protocolo para cada caso e observando com atenção
as indicações e contra-indicações de cada método. Hoje em dia, com o avanço na
medicina veterinária e com a crescente especialização dos profissionais podemos
dispor aos animais uma maior longevidade e qualidade de vida.
*MV
Alison André Ximenes Soares
Pós-graduando
em Fisioterapia e Ortopedia Veterinária pela UNIP/IBRA
Trabalha
com Fisioterapia e Reabilitação em Pequenos Animais atendendo em domicílio e em
clínicas particulares na cidade de Fortaleza-CE
Contato:
(85) 9699-1547 – aa_xs@hotmail.com
PULGAS
As
picadas de pulgas causam irritação e desconforto, podendo ocorrer forte reação
alérgica em indivíduos mais sensíveis. Os animais com pulgas ficam irritados,
se mordem, arranham a pele, arrancando pêlos e causando lesões na pele,
predispondo à infecções cutâneas.
Cada
sucção da pulga dura em torno de 15 min. Nesse momento ela é capturada
facilmente. Ela se alimenta 1 vez ao dia.
Tanto
os machos como as fêmeas necessitam sugar o sangue do hospedeiro. O sangue é
essencial para a maturação dos ovos. Uma fêmea chega a colocar 20 a 28 ovos por
dia, isso significa mais de uma centena de ovos durante a vida de cada fêmea.
Esses ovos caem no solo do ambiente aonde o hospedeiro vive, como fendas no
assoalho, tapetes e outros locais. A incubação do ovo até a forma de larva,
pode variar de 9 até cerca de 200 dias. O período de incubação desses ovos
depende de diversos fatores como: espécie da pulga, temperatura, umidade do
ambiente, etc. O alimento da larva consiste em substâncias orgânicas secas e
fezes das pulgas adultas.
Após
o estágio de larva, segue o estágio pupal. A pupa se desenvolve dentro do seu
casulo. O período pupal também é influenciado pela temperatura ambiente. Quanto
mais quente, mais rápido ela se desenvolve até chegar na forma adulta.
Em
geral, o desenvolvimento completo da pulga, de ovo até adulta gira em torno de
1 mês no verão. No inverno o ciclo pode levar meses.
Temperaturas
altas e secas encurtam o período de vida das pulgas. O tempo de vida de uma
pulga adulta é de cerca de 6 semanas, mas podem viver por até 1 ano sob certas
circunstâncias.
Estima-se
que para cada pulga encontrada no animal, existam 10 se desenvolvendo no
ambiente em que o animal vive.
As
pulgas adultas passam a maior parte do seu tempo no animal. Só em casos de
super infestação elas começam a procurar outros hospedeiros, como o homem.
Principais
pulgas de interesse médico e veterinário no Brasil
Pulex irritans
Pulga
do homem. Pode sugar outros hospedeiros. Pode servir de hospedeiro
intermediário para Dipylidium caninum.
Xenopsylla cheopis
Pulga
dos ratos domiciliares. Transmissora da Peste Bubônica. Hospedeiro
intermediário de Hymenolepis diminuta e Trypanossoma lewisi.
Ctenocephalides canis
Pulga
de cães e gatos no Brasil. Pode picar outras espécies. Hospedeiro intermediário
de Dipylidium caninum e Dipetalonema reconditum.
Ctenocephalides felis
Semelhante
a C. canis, pica os mesmos hospedeiros, mas é mais comum nos climas quentes.
Hospedeiro intermediário dos mesmos parasitas.
FORMAS DE CONTROLE
Para
um combate eficiente precisamos levar em conta o tipo de ciclo de vida da
pulga. Como ela tem um estágio de amadurecimento no ambiente, é necessário
tratarmos o ambiente e também o animal. As formas jovens da pulga são muito
pequenas, portanto mesmo que não as vejamos dentro da nossa casa, é preciso
tratar a casa também, justamente nos locais onde o animal passa mais tempo.
Atualmente
já existe no mercado medicamentos que podemos usar uma vez ao mês. Alguns
atingem somente as formas jovens da pulga (Program) outros somente a pulga
adulta (Advantage, Frontline)
Advantage:
Produto da Bayer, atua no sistema nervoso da pulga. É um líquido que se aplica
na pele do animal. Mata pelo contato, já que não é absorvido pelo organismo do
animal. É repelente e inseticida. É solúvel em água, portanto sai no banho.
Frontline:
Semelhante ao Advantage, mas não é solúvel em água. Pode ser usado em filhotes
com mais de 8 semanas, cães e gatos. Também só mata a forma adulta da pulga.
Program:
É um anticoncepcional para pulgas, a base de lufenuron que ataca as pulgas no
seu estágio jovem, impedindo o seu desenvolvimento e amadurecimento. O
Lufenuron é um inibidor da quitina, substância formadora do corpo e ovos dos
insetos. Não faz mal aos animais, porque não é absorvido pelo seu organismo e
também porque mamíferos não utilizam quitina. Como não é um inseticida não
expõe os animais e a família a um produto perigoso.
Toda
vez que a pulga picar o animal, irá ingerir sangue com a droga e esta irá
afetar os seus ovos, tornando-os estéreis. Como esses ovos não irão incubar, o
ciclo de vida da pulga é quebrado, protegendo o animal e a casa de
reinfestações.
Se
a casa já tiver pulgas quando começar o tratamento com Program, as larvas e
ovos, que foram postos pelas pulgas antes delas ingerirem o anticoncepcional,
ainda irão vingar e gerar novas pulgas. Essas irão se desenvolver em adultas
por 30 a 60 dias, dependendo das condições ambientais, portanto pode demorar
algumas semanas para se sentir realmente o efeito do Program. Mas quando estas
últimas morrerem, não haverá mais pulgas.
Em
casos graves de infestação ou em animais alérgicos à pulgas, é melhor usá-lo em
conjunto com outro produto que também mate a pulga adulta.
O uso combinado do
Program com o Advantage ou Frontline, torna desnecessário
o uso de inseticidas no ambiente, já que o Program previne o aparecimento de
formas jovens de pulgas no ambiente, por ser um anticoncepcional para pulgas.
Não devemos
esquecer de métodos naturais para repelir pulgas do ambiente, como Erva de
Santa Maria, folhas de Eucalipto e Arruda.
Quando
se faz uso de aspirador de pó na limpeza, este necessita também de cuidados, já
que irá aspirar ovos e formas jovens de pulgas, que poderão se desenvolver
dentro dele e continuar a infestar o ambiente. Troque sempre ou lave bem o
filtro do seu aspirador a cada uso.
DOENÇAS
CAUSADAS PELAS PULGAS
Dermatite alérgica à
picada de pulgas
É
uma das alergias mais comuns nos cães e gatos. É um problema que pode ser
transmitido dos pais para os descendentes. A saliva da pulga causa uma forte
reação alérgica no animal desencadeando um prurido (coceira) muito intenso.
Queda de pêlos, feridas, descamação e mal cheiro são sinais clínicos
freqüentes. Pode se desenvolver uma infecção na pele (piodermite). O tratamento
é feito com antialérgicos, antibióticos (em muitos casos) e cicatrizantes. Como
em qualquer outra alergia, não existe cura, apenas o controle. Os animais que desenvolvem
a dermatite alérgica apresentam os sinais mesmo com pequenas infestações por
pulgas, assim, o combate ao parasita tem que ser intenso e é o único meio de se
controlar a doença.
Verminoses
A
pulga pode transmitir vermes ao cão ou gato. O mais comum é o Dipylidium
caninum que causa diarréia com muco e sangue. Os vermes tem aspecto de grãos de
arroz quando encontrados mortos nas fezes ou pêlos, próximos à região do ânus
do animal. Em grandes quantidades, o verme pode causar ataques convulsivos uma
vez que secreta uma toxina que age sobre o sistema nervoso. Todo o animal que teve uma infestação por pulgas deve ser
vermifugado.
*Eu dou aos meus gatos a cada três meses
um comprimido de Drontal e/ou Duprantel.
Anemia
A
pulga se alimenta de sangue, assim, se o animal tiver uma grande infestação por
um tempo prolongado, ele poderá apresentar um quadro anêmico. Animais jovens ou
idosos são mais susceptíveis. A anemia tornará o cão letárgico e inapetente. De
nada adianta tratar a anemia se o animal continuar infestado pelas pulgas.
Stress
Os
animais podem ficar mais irritados e, às vezes, agressivos quando infestados
por pulgas. A coçeira intensa pode fazer com que o animal pare de se alimentar
e perca pêso. Animais cardíacos ou com alterações na coluna (calcificações ou
"bico de papagaio") podem ter o problema agravado pelo esforço
constante em se coçar, chegando a ficar exaustos e ofegantes.
Transmissão de vírus
Acredita-se
que as pulgas podem transmitir vírus de um animal doente para outro sadio. Dependendo
da carga (quantidade) de vírus que a pulga "carregue" e a capacidade
infectante dos mesmos, o animal poderá desenvolver a virose.
Você
sabe o que é: "DOENÇA DO
CARRAPATO" ???
As
erliquioses caninas figuram entre as mais graves doenças infecciosas que
acometem os cães, causadas por bactérias da espécie Ehrlichia canis, agente
etiológico da erliquiose monocítica canina (EMC) - Doença do Carrapato. A
doença pode se desenvolver em várias fases, desde a mais simples com sintomas
como perda de apetite e indisposição, até fases mais graves como inchaço ou
inflamação das patas, febre, vômitos, cegueira, gengiva e mucosas pálidas,
convulsões e sangramentos discretos a extensos. Normalmente, o cão apresenta
uma repentina falta de apetite e fica muito fraco e debilitado. O cão pode
apresentar melhoras mesmo sem a doença ter sido exterminada de seu organismo,
causando um engano no dono que não vai a procura de tratamento médico
veterinário adequado, e depois dessa melhora aparente os sintomas podem reaparecer,
bem como o animal pode continuar transmitindo o agente, o que torna a
erlichiose uma doença muito perigosa e grave.
Então,
se você suspeita que seu animalzinho está com um desses sintomas.. leve-o ao
veterinário.
É
SEMPRE MELHOR PREVENIR !!!
ZOONOSES
NOS GATOS
As
zoonoses são doenças que podem ser transmitidas do animal para o homem e
vice-versa.
Entre
as mais importantes podemos citar:
1) Toxoplasmose
A
infecção pelo protozoário toxoplasma gondii. Os felídeos são o hospedeiro
definitivo, onde se fecha o ciclo de vida do parasita.
Os
gatos se tornam infectados após a ingestão de animais caçados, ou de carne crua
contendo os trofozoítos. Após a infecção, os gatos excretam oocistos em suas
fezes durante uma ou duas semanas. Os oocistos se tornam infectantes em dois ou
três dias, e podem sobreviver no ambiente por diversos meses. Portanto, se você
limpa a caixa sanitária do seu gato todos os dias e possui hábitos de higiene
como lavar bem as mãos, não tem o que temer.
Estudos
comprovam que a maior fonte de infecção humana, não é por fezes de gatos, mas
sim por ingestão de carne mal passada e verduras mal lavadas (Veterinary
Technician, September,1992).
Com cuidados básicos de higiene, não há porque temer
estar com seu gato durante a gravidez.
A
infecção raramente produz moléstia clínica em seres humanos adultos, a menos
que estejam imunocomprometidos. A infecção congênita do feto humano através da
transmissão placentária, representa a maior ameaça aos seres humanos. A
infecção congênita pode levar a uma grave moléstia por ocasião do nascimento, e
as afecções oculares, mais tarde, durante a vida do indivíduo. Alguns cuidados
durante a gravidez: ao manusear carnes cruas, verduras ou fezes de animais,
convém uso de luvas.
Para
prevenir a infecção por Toxoplasma:
*Só
coma carne bem passada.
*não
dê carne crua para seu gato
*lave
bem as mãos após limpar a caixa sanitária do seu gato
*Limpa
a caixa sanitária do seu gato todos os dias
*use
luvas de borracha se você mexe com terra e plantas.
2) Campilobacteriose
e salmonelose
Apesar
dos gatos poderem abrigar essas bactérias no intestino, a maior parte dos casos
em humanos não ocorre por contato com as suas fezes. De qualquer maneira, os
donos de animais devem ter cuidado ao manipular as fezes, e em especial as
associadas com diarréia.
3) Dermatomicose
A
transmissão direta de microsporum canis de cães e gatos de fato ocorre.
Deve-se
lavar bem as mãos, após a manipulação de cão ou gato infectado, e a não
permitir que criançass brinquem com os animais, até o término do tratamento do
animal.
4) Esporotricose
Doença
cutânea e linfática, causada pelo sporothrix schenckii.
Cães,
gatos, e seres humanos são suceptíveis à doença, que geralmente está associada
a feridas traumáticas, penetrantes. Gatos com esporotricose devem ser
manipulados com luvas, até que sejam curados.
5) Raiva
A
raiva é uma doença provocada por vírus, caracterizada por sintomatologia
nervosa que acomete animais e seres humanos. Transmitida por cão, gato, rato,
bovino, eqüino, suíno, macaco, morcego e animais silvestres, através da
mordedura ou lambedura da mucosa ou pele lesionada por animais raivosos. Os
animais silvestres são reservatório primário para a raiva na maior parte do
mundo, mas os animais domésticos de estimação são as principais fontes de
transmissão para os seres humanos.
6) Larva migrans
cutânea (bicho geográfico)
A
larva migrans cutânea é encontrada por toda parte onde se encontrem cães e/ou
gatos infectados com ancilostomídeos, sobretudo A. braziliense e A. ceylanicum.
O problema é mais frequente em praias e em terrenos arenosos, onde esses
animais poluem o meio com suas fezes. Em muitos lugares, são os gatos as
principais fontes de infecção. O hábito de enterrar os excrementos, tão
característico desses animais, e a preferência por fazê-lo em lugares com
areia, favorecem a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas. As crianças
contaminam-se ao brincar em depósitos de areia para construção, ou nos tanques
de areia dos locais destinados à sua recreação. Todos os animais domésticos
devem ser tratados sistematicamente e com regularidade para prevenir-se as
reinfeções.
Chega de falar em doença, até porque nossos
amados bichanos são bem cuidados.
Consulta:
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minha gata esta com doenca hepatica estou desesperada ela ate se enternou. mas ja esta em casa ela tem 2anos moro no rio de janeiro estou medicando e dando elimentos na seringa para ela gostaria de saber mas sobre a doenca . ela esta babando muito choro muito pois eu amo ela. a veterinaria disse gue nao pode garantir sua cura.
ResponderExcluirOi sua gata sobreviveu? Pois o meu está com essa doença e intoxicação no fígado está com a pele amarela boca tudo, ele vai um dia sim e outro não no veterinário pra tomar soro, estou dando comida na seringa pra ele tbm, amo ele demais e quero MT q ele sobre viva
ExcluirOi sua gata sobreviveu? Pois o meu está com essa doença e intoxicação no fígado está com a pele amarela boca tudo, ele vai um dia sim e outro não no veterinário pra tomar soro, estou dando comida na seringa pra ele tbm, amo ele demais e quero MT q ele sobre viva
ExcluirOi Obrigada por responder.Sim minha gata sobreviveu mas o veterinário me disse com o resultado do exame de sangue que a minha gata pegou uma infecção pela pulga do rato!!Pode?
ExcluirEla começou definhar todos os dias e fiquei desesperada mas consegui cura-la com antibióticos e muito carinho. Hoje ela tem 13 anos e está muito bem.
Obrigada.
Desculpe-me agora é que vi.
ResponderExcluirNão sou veterinária, mas minha intuição me diz que tua gatinha está com excesso de gordura. Dê chá morninho para ela na seringa para derreter a gordura interna.
Qual chá seria bom dar pra Gato com problemas no fígado?
ExcluirMeu Gato estava com Infecção urinaria,porem a medica do meu gato( Neco )
ResponderExcluirPassou um remédio para ele chamado ''Baytril'',no qual, Neco administrou por 2 dias,logo percebi que ele não estava normal.Ele não conseguia fica em pé parecia que estava tonto e se batia quando estava dormindo.Ele ficava girando a cabeça com muita frequência parecia que ele não estava reconhecendo as pessoas .=/
Isso é normal?
Passou-se 7 dias e parei de da-lo o Baytril 50mg,pelo menos Neco Voltou a urinar que ele não estava fazendo e também não estava defecando..
Mas quando parei de dá o remedio Neco não conseguia andar só ainda se embolava pelo chão.. Parecia que ele estava quase desmaiando.
Agora Neco não consegue ficar em pé sozinho,não come sozinho.. Tudo tem que ser conosco .. comida na seringa. Não sei se foi a infecção que deixou ele assim. Tipo ele não consegue se firmar na DUAS patas da frente e cai para o lado.Eu já dei uma olhada para ver se a pata não estava quebrada mas n está .. até porque se estivesse ele iria miar alto do jeito que ele escandaloso.
Também não sei se ele esta fraco pelo fato dele não estava se alimentando antes e passou a comer agora..e não consegue ficar em pé sozinho. Voltei a administrar SUPRACAL B12 .A medica mandou ate ele voltar lá no consultório,mas não levei mais.Porque ele volta lá no consultório toma a injeção e fica bom ,depois volta para casa e fica +/- e ela passa remédios para ele que faz meu bichinho fica doido.
Ele esta aqui,estamos o alimentando com mingau de aveia (Ele adora *-*),Água de coco,Iogurte e estamos dando mingau de cachorro.Mas tem um porem ele mexe as patas empurra a gente com as patas de trás e da frente,Mas não fica em pé só,mas com tudo isso estamos com receio dele não voltar a andar.
Também queria matar uma duvida posso dá-lo CALCITRAN B12 a ele?
Muito Obrigado.
Nossa Bratz.... quantos kilos seu gato pesa? Baytril em excesso pode lesar a visão do gato. O meu gato está com cistite, com cristais de fosfato triplo 3+ na urina e a vet receitou baytril 15 mg por 10 dias. Ele pesa 4,5 kilos, já que a dosagem é de 5 mg por kilo. Estou dando, mas estou bem receosa e atenta a tudo. Tenta procurar um outro vet, as vezes é meio dificil achar um vet que dê certo quando o assunto é gatos. Dê notícias do Neco. Melhoras para ele. abrçs
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá Julia *-*
ExcluirOlha o Neco era muito gordo por isso que ela mandou dá-lhe 01 comprimido a cada 24h
Eu cheguei a pensar que ele estava cego mas na verdade ele não estava .. era o proprio efeito do remedio.. ele nunca tinha administrado o Baytril,mas meu bichinho ficou mal.
Mas pelo menos ele ja está urinando e defecando pelo menos isso.
Agora Neco esta com a Garganta inflamada .. Toda vez que ele engole a comida ele mia muito e gargantinha dele esta um pouco inchada.
Tambem Neco não consegue se firmar na duas patas da frente,não sei o que aconteceu porque ele estava andando dias atras agora não fica mas em pé sozinho .
Mas com tudo isso voltamos a administrar a Vitamina dele para ver,talvez seja fraqueza ;x
Tadinho de Bebê ='/
Olá Julia
ExcluirEnfim ja descobrimos o que realmente Neco Tem
A nova medica dele disse que ele esta com problema Imunologico.
Ai passou para ele remedio, DEXADOZE INJETAVEL e iremos realizar um batalhão de Exames.
Mas ele ja esta melhor ;)
Beijos ;*
Olá Julia
ExcluirQueria te falar que NECO
Faleceu no Dia 31/08/2013
=/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirmeu gato levou uma mordida de rato e agora está infeccionada, oque eu faço???
ResponderExcluirBom dia. Eu precisso de ajuda. Tenho uma gatinha de 4 meses que adotei, na rua, para não ser atropelada, ela sempre foi ativa,brincalhona, muito eesperta, viajei com ela tres dias atrás 1200 km, e ela vinha brncando comigo, mordendo meus dedo, subindo nos meus ombros, até que ppareei em um restaurante na estrada para comer e dar de comer e beber a ela. Enquanto ela estava comendo, um gato adulto do dono do restaurante se aproximou, ele não deuqualquer sinal de ataque, no entanto, sem se esperar, partiu para cima dela mordendo a refião do pescoço, rolaram no chão e de imediato interagi afastando os dois, após ele ( adulto) ter se afastado, ela iniciou um ciclo de comportamento muito estranho. Está irritada comigo, não aceita meu carinho, sempre que a peego no colo ela começa a mostrar irritação com o rabo balançadomuito de um lado para outro e foge. Tambéem se encontra sem querer fazer nada, só dormir o dia todo. Seu pescoço parece mais inchado que o normal O veterinario examinou e afastou hidrofobia ou fraturas. Ela come e bebe normalmente, no entanto mostra alto stress com outros gatos e comigo, impaciencia. Apesar de comer muito, ela parece estar perdendo peso. Sempre irritada e sonolenta, parce outro animal , desde o ataque que sofreu. O que faço?
ResponderExcluirMinha gata tem espasmos no estomago e urina no local que estar e está triste e só fica deitada pode me ajudar?
ResponderExcluirMinha gata tem espasmos no estomago e urina no local que estar e está triste e só fica deitada pode me ajudar?
ResponderExcluirMeu gato tem 11 anos e faz uso do same dia sim dia nao e tem um calculo e esta usando urinary por 20 dias. Ontem começou a mancar. Parece que tem um coxim inflamado?
ResponderExcluirMinha gata está urinando bem escuro e dentro da casa . O que pode ser ?
ResponderExcluirDe uns tempos pra cá notei que meu gato perdeu pelo, e emagreceu.. e notei também algumas manchas marrons na região perto da orelha, o que pode ser?
ResponderExcluirOi! Minha gata tem 1 mês ela está com a barriga inchada e a fezes parece uma massa branca. O que pode ser?
ResponderExcluirAdotei uma gatinha com tinha, cuidamos dela e ela está bem,mas ela é preta e os pelos que estão nascendo são brancos. Isso é normal?
ResponderExcluirpor favor nos ajudem...nosso gato parou de comer, perdeu peso em 15 dia e perdeu os movimentos traseiros...o veterinario disse que é neurológico...mais o medicamento manipulado não esta progredindo...quando ele reage sai arrastando metade do corpo pra casa...que desespero...
ResponderExcluirOlá meu gatinho resgatado à 2 anos chama-se Sushie e devido a uma perca de pêlos muito forte chamamos o Veterinário que o diagnosticou com leucemia felina e/ou aids felina e em suma nao deu muitos esclarecimentos além de indicar uma vitamina chamada Potenay b12( impossível de conseguir) e um medicamento stomorgil 10 e uma pomada.O que preciso saber é que vitamina eu poderia administrar à ele além desta.Fiz a mesma pergunta ao Veterinário q comprometeu-se em conseguir e nunca maus deu retorno (2 meses já).Obrigada pela oportunidade e espaço
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSolução Glicerina funciona!*
ResponderExcluirSexta passada dia 20.04.2018 meu gato estava com dificuldade em urinar, e observei que estava indo várias vezes a caixa de areia. Comecei a pesquisar na internet e achei esse site e no Youtube um vídeo explicando passo a passo como utilizar essa solução Glicerina* ( 2ml + gotas de leite condensado + 5 gotas de limão na seringa, mistura e dá ao seu gato)
Dei a solução no dia 21.04.2018 e continuei dando por 6 dias consecutivos 3x ao dia. Meu gato chegou a urinar sangue no dia 22.04.2018), nesse mesmo dia a noite, ele fez uma pequena porção de xixi na caixa de areia.
Depois cessou novamente, mas ele voltou a fazer xixi e coco gradualmente a partir da segunda dia 23.04.
Obs:
Dar a solução com o gato alimentado;
Após 10min dar dipirona em comprimido ( parte em 4 pedacinhos... Tira um pedaço, machuca e desmancha com pouquinha água com seringa e dá a ele) o meu ao menos relaxada e dormia um bom tempo. Apos o dipirona.
Melhorar mesmo, ele melhorou na quinta-feira dia 26.04.2018. Ontem 27.04.2018 nao dei mais nada de remédio e ele ja estava bom. Fazendo xixi e caca normalmente.
Outra coisa, alerto aqui: Meu gato estava aparentemente com sintomas de Cistite... Somente sem conseguir fazer xixi normal. Porém ele continuava comendo, brincando Etc
Mais uma vez... Existe um vídeo no YOUTUBE ( "Seu gato não consegue fazer xixi" 26 de dez de 2017) explicando passo passo.
Estou aqui par relatar que realmente funciona! Agradeço aos comentarios anteriores, que de certa forma me ajudaram a salvar a vida do meu cat.
Agradeço pelo espaço!