Este foi o nome que escolhi para o
meu primeiro gatinho.
Baruk, significa
“Abençoado” em árabe.
Com
este bichano fiz tudo errado. Por isso que hoje dou conselhos sobre gatinhos.
Num
dia chuvoso – em maio de 2000 - quando se comemorava o “Dia das Mães”,
acordamos com um miado insistente embaixo de nossa janela, levantamos, e,
ainda sonados e aturdidos, olhamos pela janela e vimos “aquele projeto de
gato”, magrinho, miudinho e com uma carinha de desprotegido, dentre tantas
janelas, olhando, diretamente, para a nossa. Trocamos olhares e,
curiosamente, sem trocar palavra que fosse, descemos para busca-lo.
Entretanto, como se houvesse uma “combinação implícita”, tínhamos - tão
somente - a intenção de abriga-lo - durante a chuva e o frio - e, alimenta-lo,
em seguida devolvendo-lhe à natureza. Pois bem, o bichano, tratou de fazer
“todas as gracinhas” que comovem e conquistam qualquer ser sensível e
simpático a animais, sobretudo, domésticos, foi aí que, sem perceber, nos
vimos apegados ao “vira-lata” mais charmoso...que conheci. E, em alguns dias,
o clima se firmou e - muito contrariadamente, mas, por não haver condições de
mantermos um animal, devido ao nosso ritmo cotidiano e de morarmos em apto -
descemos com o gatinho, que, literalmente, deu um show de carinho e apego por
nós. Moral da história: Hoje, em 14/04/2002, BARUK, do árabe
“abençoado”, principalmente, por termos nos esforçado em adequa-lo ao nosso
cotidiano - completa dois anos.
Assim
Baruk fez dois anos.
Baruk com
dois anos
Olhem a grossura
da pata dele...
Daí,
depois disso, ele ficava cada vez mais egoísta, temperamental,... E eu me
perguntava o porque disso. E de tanto pensar no assunto, cheguei a seguinte
conclusão:
Um
gatinho (como um cachorrinho ou outro animal qualquer) precisa de companhia
para brincar. O fato dele ser “filho único” e estar sendo mimado, fez com que
as suas vontades tinham de ser satisfeitas.
A
esta altura ele estava com cinco anos. E cada vez mais temperamental.
Decidiu
que tinha que ir na rua e tentou pular do segundo andar. Então, abri a porta
e deixei ele ir dar uma volta. Não imaginam o que aconteceu, ele voltou escalando
a janela até o segundo andar.
E
assim, passou a sair e voltar pela janela do apartamento, e ai de quem o
impedisse.
Num
belo dia voltou com a cabeça machucada (ele não era castrado, naquela época
eu não tinha a menor consciência da necessidade de castra-lo), e parecia uma
casa de abelha no buraco da cabeça, então o levei ao veterinário, que me
falou que eram “vermes” por ter pousado mosca. Nossaaaa, sedou ele, e começou
a tirar os bichos da cabeça com uma pinça. Depois que tirou tudo, me disse
que não podia pousar mosca de novo. Então eu falei que ele saia e que eu não
conseguia impedir. Então a veterinária encheu o buraco com pomada. Bem, dias
depois já havia fechado. Graças a Deus.
Numa
outra vez, ele veio arrebentado e um lado da cara estava inchado e levei ao
veterinário, e, mais uma vez o veterinário me falou que eu devia castra-lo (e
eu não concordava, temia que ele apanhasse se fosse castrado), e, constatando
uma infecção, resolveu opera-lo. Nossaaa, foi muito difícil para fechar o
buraco, porque era num local que não podia dar pontos. Enfim, consegui fechar
depois de muito tempo, colocando várias coisas que me ensinavam, com o spray
“Unguento Plus”. Santo remédio.
Eu
percebia que a qualquer momento o Baruk ia embora. Passava dias fora de casa
(no apartamento).
Daí,
peguei a Babi (em 2005) para passar uns dias aqui em casa (e ficou até hoje
com seus cinco filhos – estava prenhe). Ela teve filhotes, eles cresceram e
Baruk continuou radical, porém, ficou mais calmo. Olhem a foto abaixo.
Baruk e Lipe
na cadeira dormindo
Em
2005, mudei de residência, saí de apartamento e fui morar em casa. Daí os
filhotes de Babi, incluindo esta aí da foto acima (Lipe), barravam Baruk no
portão, não deixando ele entrar. E eu estava dormindo e não via isso (uma
vizinha me contou). E eu achando que Baruk não gostou da casa e por isso
sumiu.
Quando
ele vinha e eu estava por perto, o chamava e ia fazer carinho e ele respondia
com agressividade. E eu a princípio achei que era ciúmes dos gatinhos. Mas,
de fato eu não merecia a forma como ele me tratava, pois que sempre o mimei.
E percebi que havia criado um monstro, mas mesmo assim eu o amava como a um
filho.
Enfim,
aos poucos ele foi vindo com mais intervalos até que sumiu de vez.
Hoje
em 2012, se ele não foi pego por ninguém, o que eu acho difícil, pois ele era
brabo, ele está com 12 anos. Mas, particularmente, acredito que ele esteja
morto. Pois não me tem mais para leva-lo ao veterinário.
Sinto
saudades dele, mas “entrego a Deus”.
Olha a cara
dele como era larga.
Ele era um
gato muito grande e forte.
Ele era
respeitado pelos gatos da vizinhança.
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