sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Baruk - Meu gatinho marrento





Este foi o nome que escolhi para o meu primeiro gatinho.
Baruk, significa “Abençoado” em árabe.


Com este bichano fiz tudo errado. Por isso que hoje dou conselhos sobre gatinhos.

Num dia chuvoso – em maio de 2000 - quando se comemorava o “Dia das Mães”, acordamos com um miado insistente embaixo de nossa janela, levantamos, e, ainda sonados e aturdidos, olhamos pela janela e vimos “aquele projeto de gato”, magrinho, miudinho e com uma carinha de desprotegido, dentre tantas janelas, olhando, diretamente, para a nossa. Trocamos olhares e, curiosamente, sem trocar palavra que fosse, descemos para busca-lo. Entretanto, como se houvesse uma “combinação implícita”, tínhamos - tão somente - a intenção de abriga-lo - durante a chuva e o frio - e, alimenta-lo, em seguida devolvendo-lhe à natureza. Pois bem, o bichano, tratou de fazer “todas as gracinhas” que comovem e conquistam qualquer ser sensível e simpático a animais, sobretudo, domésticos, foi aí que, sem perceber, nos vimos apegados ao “vira-lata” mais charmoso...que conheci. E, em alguns dias, o clima se firmou e - muito contrariadamente, mas, por não haver condições de mantermos um animal, devido ao nosso ritmo cotidiano e de morarmos em apto - descemos com o gatinho, que, literalmente, deu um show de carinho e apego por nós. Moral da história: Hoje, em 14/04/2002, BARUK, do árabe “abençoado”, principalmente, por termos nos esforçado em adequa-lo ao nosso cotidiano - completa dois anos.


Assim Baruk fez dois anos.



Baruk com dois anos
Olhem a grossura da pata dele...


Daí, depois disso, ele ficava cada vez mais egoísta, temperamental,... E eu me perguntava o porque disso. E de tanto pensar no assunto, cheguei a seguinte conclusão:

Um gatinho (como um cachorrinho ou outro animal qualquer) precisa de companhia para brincar. O fato dele ser “filho único” e estar sendo mimado, fez com que as suas vontades tinham de ser satisfeitas.

A esta altura ele estava com cinco anos. E cada vez mais temperamental.
Decidiu que tinha que ir na rua e tentou pular do segundo andar. Então, abri a porta e deixei ele ir dar uma volta. Não imaginam o que aconteceu, ele voltou escalando a janela até o segundo andar.

E assim, passou a sair e voltar pela janela do apartamento, e ai de quem o impedisse.

Num belo dia voltou com a cabeça machucada (ele não era castrado, naquela época eu não tinha a menor consciência da necessidade de castra-lo), e parecia uma casa de abelha no buraco da cabeça, então o levei ao veterinário, que me falou que eram “vermes” por ter pousado mosca. Nossaaaa, sedou ele, e começou a tirar os bichos da cabeça com uma pinça. Depois que tirou tudo, me disse que não podia pousar mosca de novo. Então eu falei que ele saia e que eu não conseguia impedir. Então a veterinária encheu o buraco com pomada. Bem, dias depois já havia fechado. Graças a Deus.

Numa outra vez, ele veio arrebentado e um lado da cara estava inchado e levei ao veterinário, e, mais uma vez o veterinário me falou que eu devia castra-lo (e eu não concordava, temia que ele apanhasse se fosse castrado), e, constatando uma infecção, resolveu opera-lo. Nossaaa, foi muito difícil para fechar o buraco, porque era num local que não podia dar pontos. Enfim, consegui fechar depois de muito tempo, colocando várias coisas que me ensinavam, com o spray “Unguento Plus”. Santo remédio.

Eu percebia que a qualquer momento o Baruk ia embora. Passava dias fora de casa (no apartamento).

Daí, peguei a Babi (em 2005) para passar uns dias aqui em casa (e ficou até hoje com seus cinco filhos – estava prenhe). Ela teve filhotes, eles cresceram e Baruk continuou radical, porém, ficou mais calmo. Olhem a foto abaixo.

Baruk e Lipe na cadeira dormindo



Em 2005, mudei de residência, saí de apartamento e fui morar em casa. Daí os filhotes de Babi, incluindo esta aí da foto acima (Lipe), barravam Baruk no portão, não deixando ele entrar. E eu estava dormindo e não via isso (uma vizinha me contou). E eu achando que Baruk não gostou da casa e por isso sumiu.

Quando ele vinha e eu estava por perto, o chamava e ia fazer carinho e ele respondia com agressividade. E eu a princípio achei que era ciúmes dos gatinhos. Mas, de fato eu não merecia a forma como ele me tratava, pois que sempre o mimei. E percebi que havia criado um monstro, mas mesmo assim eu o amava como a um filho.

Enfim, aos poucos ele foi vindo com mais intervalos até que sumiu de vez.

Hoje em 2012, se ele não foi pego por ninguém, o que eu acho difícil, pois ele era brabo, ele está com 12 anos. Mas, particularmente, acredito que ele esteja morto. Pois não me tem mais para leva-lo ao veterinário.

Sinto saudades dele, mas “entrego a Deus”.

Olha a cara dele como era larga.
Ele era um gato muito grande e forte.
Ele era respeitado pelos gatos da vizinhança.





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