Pessoas,
por favor, não deixem seus bichanos ficarem obesos. Se você é do tipo que acha graça num gato obeso, vá para uma
terapia porque você não está bem.
Os gatos são bem dispostos em geral, e quando obesos, vivem
cansados, deitados – e não conseguem mais pular - e não brincam. Sem falar na
quantidade de doenças que podem ter a partir da gordura (problemas
respiratórios, diabetes, lipidose hepática, artrose e muitas outras doenças).
Sem falar, que a vida dele está em risco.
Olhem o olhar como é triste.
E olhem a quantidade de gordura no fígado, no coração... do
bichinho, dá dó:
Isso é – no mínimo - triste.
Existe um peso ideal para os bichanos, por isso eles
naturalmente estão nessa faixa, um pouco mais ou um pouco menos. Somente
engordando quando os donos – com seus problemas psicológicos – descontam no
gatinho, super-alimentando eles. Noutras vezes, o alimentam de forma errada.
Você
sabia que a obesidade é a desordem nutricional mais comum nos gatos? Pois é,
ela tem se tornado cada vez mais comum com o passar dos anos. Se nos anos 70 a
prevalência de sobrepeso nos felinos domésticos era de 12%, já no início dos
anos 90 era de 25%.
O gato
é um animal carnívoro estrito, ou seja, na natureza, ele precisa ingerir altos
níveis de proteína, baixos níveis de gordura e mínima quantidade de
carboidratos. Comparando com um cão, o gato necessita de uma quantidade muito
menor de carboidratos. Para a obtenção de energia, diferentemente dos humanos,
o organismo do gato utiliza em primeiro lugar a proteína, depois a gordura e
por último, os carboidratos. Sendo assim, qualquer carboidrato que ingere além
de sua necessidade, é transformada em gordura.
A obesidade está intimamente
relacionada com o equilíbrio entre a aquisição de energia e o seu gasto. Se a
ingestão energética for maior do que o seu gasto, isto implicará em aumento de
peso.
O
aumento na ingestão energética é a principal causa de obesidade nos gatos.
Sendo que, o principal culpado neste caso é o proprietário. Pois o felino não
abre geladeira, não sabe abrir potes de biscoito, nem coloca comida no próprio
prato. A grande maioria de nós, deixa a ração do gato à vontade para quando ele
quiser se servir, o que não está errado. Mas, deve-se ficar atento à quantidade
de ração que ele come durante todo o dia, principalmente quando é filhote e
tende a comer exageradamente. É nesta fase em que se deve ter um grande
cuidado, já que é nela que as células de gordura se multiplicam em quantidade.
E depois que estão presentes, elas só fazem aumentar e diminuir de tamanho,
conforme o consumo e o gasto de energia do gato. Mas elas não desaparecem.
Então, um gato que quando filhote era um glutão, tem maior propensão a adquirir
maior número de células de gordura e se tornar um adulto obeso (fase em que
tais células aumentam ou diminuem de tamanho).
Muitas
vezes o dono do gato quer compartilhar de suas guloseimas com o seu amiguinho,
mas na verdade, ele não sente necessidade nutricional nem psicológica em
ingerir tais alimentos. A partir do momento que você oferecer o que está
comendo, ele conhecerá o gosto (provavelmente gostará) e sempre que sentir o
cheiro do alimento irá pedir a você desesperadamente, e com pena dele acabará
cedendo às vontades do gato. O que será totalmente prejudicial a ele.
Como
aumento da ingestão energética, está incluída também como causa, a ansiedade ou
depressão do gato, muitas vezes não notadas pelo proprietário. Estes dois
sentimentos podem estar relacionados ao “nada para fazer”, ou seja, ninguém
para brincar, nada para caçar, enclausuramento (moradia em apartamento), dormir
o tempo inteiro, etc... Ou então, relacionados a estresse, como mudança de
ambiente, novos animais em casa, ou viagem de alguém da família.
A
castração muitas vezes também está associada ao aumento de peso. Isso ocorre
porque, a atividade diminui um pouco por não ir mais à rua para namorar e pode
haver também uma baixa no nível metabólico. Mas nem todos os gatos engordam
após uma castração.
Outra
causa de sobrepeso é a doença endócrina relacionada à tireóide, o
hipotireoidismo. No entanto, esta doença é extremamente rara nos gatos e em
alguns casos de hipotireoidismo, o gato não é obeso.
Assim
como ocorre com os humanos, a espécie felina sofre grandes prejuízos com a
obesidade. São predispostos a problemas como:
¨ Diabetes
¨ Lipidose hepática (acúmulo de gordura no
fígado)
¨ Artroses (pelo peso sobre as articulações)
¨ Problemas de pele (pela dificuldade em se
lamber)
¨ Maiores riscos em anestesias
São
várias as formas de diagnóstico de obesidade. Algumas como a pesagem do gato e
a observação de acúmulo de gordura corporal (neste caso, em gatos muito
gordos), são possíveis de serem detectadas até mesmo pelo proprietário. No
entanto, existem formas mais concretas de diagnóstico, que somente o
veterinário é capaz de realizar, como a palpação corporal, o cálculo do índice
de gordura corporal e a utilização do diagrama de silhuetas. Existem ainda
outros métodos como a dosagem do hormônio leptina e a utilização de aparelhos
sofisticados com emissão dupla de raio-x, que infelizmente, ainda são feitos
somente em estudos científicos.
O
tratamento da obesidade deve ser feito somente pelo médico veterinário. Pois ao
contrário do que a maioria imagina, não se trata de apenas diminuir a
quantidade de ração ou deixar o gato passar fome. Pois isso implicará em perda
de peso, mas com perda de massa magra, ou seja, músculos, tecidos, tudo que
seja composto de proteína, pois lembre-se, o organismo do gato utiliza proteína
para obter energia. Na falta de nutriente ingerido, ele consome as proteínas do
próprio corpo. Além disso, quando se oferece uma menor quantidade de alimento
para o gato gordo, a gordura corporal consumida, também para obter energia,
pode se acumular intensamente no fígado, alterando sua função, o que chamamos
de Lipidose Hepática, e que é uma doença fatal. Por isso, a perda de peso deve
ser feita de forma gradual, sistemática, sem que se prejudique a saúde de seu
gato.
O que o
proprietário pode fazer para ajudar é incentivar brincadeiras ou atividades com
os gatos. O veterinário do seu gato também poderá ajudar explicando como e em
que intensidade poderá ser feito este processo indireto de gasto de energia.
Lembre-se,
é sempre melhor evitar do que se corrigir a obesidade. Mesmo porque, algumas
doenças que acometem os gatos obesos, por serem fatais, podem não nos dar a
oportunidade de corrigir tal erro.
Drª
Cynthia Brandão da Costa - CRMV-ES: 637
*Este artigo é de um site (do
Espírito Santo) que encontrei na internet, que tem um nome parecido com o nome
deste blog e um artigo que considerei bem relevante. A saber: http://gatomania.com.br/v2/index.php/espaco-do-cliente/84-obesidade-felina
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