O
gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um TRANSMUTADOR DE
ENERGIA e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do
ambiente e transforma em energia boa, normalmente onde o gato deita com frequência,
significa que não tem boa, caso o animal comece a deitar em alguma parte de
nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele orgão ou membro está
doente ou prestes a adoecer, pois o bicho já percebeu a energia ruim no
referido orgão e então ele escolhe deitar nesta parte do corpo para limpar a
energia ruim que tem ali.
Ela
ainda observa que do mesmo jeito que o gato deita em determinado lugar, ele sai
de repente, poi ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais
dele.
Ela
ainda diz na palestra que o amor do gato pelo dono é de desapego, pois enquanto
precisa ele está por perto, quando não, ele se a afasta.
O
MISTÉRIO DOS FELINOS
Por
Cristina Cairo
http://videolog.uol.com.br/video?203843
Facebook: https://www.facebook.com/criscairo
Aqui está a entrevista muito
esclarecedora da Cristina Cairo
O
gato é capaz de provocar os mais diversos sentimentos no ser humano.
Certamente, quem não gosta de gatos é porque nunca teve o prazer de conviver
com um deles. Gostaria que todos lessem esse artigo inteligentemente escrito
por "Artur da Távola". Quem gosta de gatos irá se identificar muito com
o texto e quem não gosta.... bem, quem não gosta, a gente apenas lamenta...
"Existem
duas maneiras de nos refugiarmos das misérias da vida: música e gatos".
Albert
Schweizer
Ode
ao Gato
(Arthur
da Távola)
"Bichos
polêmicos sem o querer, porque sábios, mais inquietantes, talvez por isso. Nada
é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O
só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de
súplica, temor, reverência, obediência.
O
gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis. Lembrei,
então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem
sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem
sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma
possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de
Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já
viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um
pilantra que vive à custa dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e
dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono
e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na
jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não
cede ao homem, mesmo quando dele depende, é chamado de arrogante, egoísta,
safado, espertalhão ou falso. "Falso" porque não aceita a nossa
falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade.
O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele
gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O
gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é
espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não
é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem ama, mas só depois de
muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige. Sim, o gato
não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito.
Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na
Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.
Quem
não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece,
então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o
(próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê
além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de
carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos
de agressão, o gato sabe. E se defende do afago.
A
relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou
podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo
ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado.
É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O
homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real
ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que
enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós. Nada diz, não
reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele"
não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe,
olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou
quase nunca) sabemos traduzir.
O
gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras,
fantasmas amigos e opressores. O gato é medium, bruxo, alquimista e
parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar
paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge silencioso,
meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos
o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.
O
gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente
do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a
possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as
coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas
manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção.
Desatentos
não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou
explicação quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências.
Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como
o gato! Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de
respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no
Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os
músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos
aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto
tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O
gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo.
Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual
ama e preserva como a um templo. Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de
envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de
organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal.
Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de
silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o
mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição
de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de
vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem
veemências, sem exigências.
O
gato é uma chance de interiorização e sabedoria,
posta
pelo mistério à disposição do homem."
Fim
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