BACTÉRIAS E DOENÇAS LIGADAS A
ESTAS
Gente, não deixem seu gatinho ou cão morrer, informem-se, pois
infelizmente a maioria dos veterinários tratam os bichinhos com descaso.
Existem
bactérias por toda parte, e há milhares delas no ar, na água, no solo e
inclusive em nossos corpos e dos nossos animais.
São
organismos vivos que colonizam os tecidos dos animais e se multiplicam em
grande velocidade. Embora existam algumas bactérias que pertencem à “flora
normal” e são benéficas para o organismo, certos tipos
de bactérias podem causar infecções e doenças.
Cães
e gatos são suscetíveis a uma grande variedade de infecções bacterianas.
Algumas destas infecções podem até mesmo ser fatais! Mesmo uma pequena infecção
bacteriana, se não tratada, pode levar a graves problemas de saúde dos pets.
Existem vários tipos de infecções:
-
Na pele ( piodermite, feridas traumáticas ),
-
olhos, ouvidos ( otite ),
-
urina ( cistite ),
-
rins (pielonefrite, leptospirose),
-
sangue (Erliquiose – a “doença do carrapato”),
-
sistema gastrointestinal
(diarreia,colite ulceras…),
-
sistema respiratório ( pneumonia, traqueobronquite )
-
sistema nervoso (encefalite, infecções na coluna vertebral ), etc.
Nós
podemos perceber quando nossos animais estão com alguma infecção. Alguns
sintomas de infecção bacteriana como fraqueza, falta de apetite, febre. Outros
sintomas dependem do local da infecção, por exemplo:
- Infecções de pele: secreções, pústulas, feridas, crostas, “vermelhidão”, coceira, falhas no
pelo…
- Sistema urinário: urina escura, sangue
na urina, dificuldade para urinar, incontinência urinária…
- Ouvido: excesso de cera , coceira,
secreção de pus nos condutos auditivos…
- Sistema digestivo: vômito, diarréia,
sangue nas fezes, mau cheiro na boca…
- Vias respiratórias: secreção nasal,
tosse, espirro, dificuldade para respirar…
- Sistema nervoso: convulsão, dificuldade
locomotora…
O
diagnóstico deve ser feito pelo médico veterinário e alguns
exames de laboratório (como hemograma, exame de urina, citologia, sorologia,
etc) podem ser necessários para a confirmação da infecção.
Qualquer tipo de
infecção deve ser tratada e controlada, pois as infecções não controladas ou não
tratadas podem se disseminar pelo corpo por todo e causar a morte do animal.
Antibióticos
são substâncias que “matam” ou impedem a multiplicação das bactérias.
O
uso de antibióticos pode eliminar
infecções que de outro modo poderiam se transformar em risco de vida para cães
e gatos.Um dos grandes desafios no uso de antibióticos
é a resistência ao antibiotico.
Muitas
bactérias desenvolvem esta resistência, o que significa que não são mais
afetadas por eles, continuando a infecção, mesmo que o antibiótico continue a
ser admnistrado.
Por
isso é muito importante que estes medicamentos sejam administrados exatamente
como foram prescritos pelo veterinário, mesmo quando os sinais da infecção
estão melhorando ou sumiram.
Se
os antibióticos forem interrompidos antes do tempo correto, as bactérias
parcialmente resistentes continuam se multiplicando, criando uma super bactéria
com resistência aumentada, que será mais difícil de ser tratada. Somente o
veterinário pode indicar quando parar o uso do antibiótico!
Para
evitar este tipo de problema o veterinário escolherá o antibiótico ideal para
cada tipo de infecção. Esta escolha é feita com base em um exame de laboratório, o
teste de cultura e antibiograma.
Neste
exame o material “infectado” (secreção de ouvido ou de pele, urina, etc.) é
incubado para promover o crescimento bacteriano em placas especiais onde
podemos identificar quais bactérias estão presentes num quadro infeccioso e
quais antibióticos são mais eficazes contra elas.
Com este exame podemos contornar o problema da resistência aos
antibióticos.Muitas vezes, se tratarmos alguma infecção sem este exame, podemos
usar algum antibiótico que não seja tão eficaz!
Alguns casos de
infecção de pele, ouvido e urina, por exemplo, se tratadas sem o exame de
cultura e antibiograma,
usando os antibióticos que não são os ideais naquela situação, faz com que a
infecção não seja curada ou que, melhore por apenas algum tempo, mas depois
volte e volte ainda “mais forte”.
Por
isso é importante que qualquer tipo de infecção seja identificada, tratada e
acompanhada pelo médico veterinário para que a escolha do antibiótico seja
feita de maneira adequada e pelo período de tempo adequado, baseando-se sempre que possível pelo exame de cultura e
antibiograma, entre outros.
SUPERBACTÉRIAS
Infelizmente
o problema de resistência bacteriana dando origem à super bactérias, aquelas
resistentes a vários antibióticos ocorre com frequência no meio veterinário.
O
grande problema é que cães e gatos, com infecções diagnosticadas por
veterinários e medicados corretamente, muitas vezes apresentam melhora
significativa dos sintomas (e não da infecção bacteriana) e o proprietário
decide parar o tratamento. Outras vezes é muito difícil de medicar o animal e
este apresentando uma melhora, os proprietários param o medicamento ou também
não conseguem fazer a dosagem correta nem o intervalo correto do antibiótico
(dificuldade de medicar o animal). A
bactéria que ainda não foi erradicada totalmente pode se recompor e se tornar
resistente à medicação.
Infecções
bacterianas de pele e ouvidos (otite e piodermite) em animais de estimação devem
ser tratadas no mínimo 15 dias com antibiótico, podendo se estender durante
meses até quando o veterinário notar que não há mais necessidade da medicação.
Infecções
de trato urinário (cistite, pilonefrite) se recomenda no mínimo 21 dias de
antibiótico assim como nas mordeduras e feridas sépticas podendo se estender
meses de tratamento.
Para
infecções ósseas (osteomielite) a antibioticoterapia é realizada por tempo
indeterminado até haver completa resolução diagnosticada por radiografia.
Na
verdade em qualquer infecção recorrente deve-se fazer cultura da bactéria e
antibiograma para identificar qual é a bactéria e a qual antibiótico ela é
susceptível.
Nós
veterinários (os que têm consciência) devemos conscientizar os proprietários de
animais da responsabilidade da administração de antibiótico, indicar o melhor
produto para facilitar a medicação seja oral em forma de comprimido, solução oral tipo xarope, injetável e reforçar que o tratamento não pode ser
interrompido para não sermos responsáveis por este grande problema mundial hoje
em dia: SUPER BACTÉRIAS RESISTENTES, o que ocasionará dano tanto para animais
como poderá também causar danos para a humanidade.
Há
algumas doenças associadas...
DIARRÉIA CRÔNICA
Giardia
é um protozoário (parasita unicelular) que vive no intestino delgado de cães e
gatos encontrado em todo o mundo. A infecção por Giardia é chamada de
giardíase.
Como
a Giardia se reproduz e como é transmitida?
O
parasita se multiplica por divisão. Um cão é infectado ao ingerir o parasita
presente no alimento ou na água contaminado ou mesmo nas fezes. No intestino
delgado o parasita se reproduz e depois de algumas transformações é eliminado
nas fezes contaminando o ambiente e perpetuando o ciclo, podendo infectar
outros animais e as pessoas.
Quais
são os sinais de uma infecção causada por Giardia?
A
maioria das infecções por Giardia é assintomática (sem sintomas). Os sinais
clínicos são mais comuns em filhotes e animais imunossuprimidos (com alguma
debilidade do sistema imune). O sintoma mais comum é a diarréia aguda,
intermitente (vai e volta) ou mesmo crônica.
Normalmente,
os animais infectados têm cólicas, podem perder o apetite, perder peso e não
raramente vomitar. O aspecto das fezes varia de normais, às vezes esverdeadas e
com muco gelatinoso ou estrias de sangue, com cheiro ruim, e parecendo
gorduroso. No intestino, a Giardia impede a absorção adequada de nutrientes,
danifica a mucosa intestinal interferindo na digestão.
Giárdia
de cães pode infectar as pessoas?
Há
muitas espécies de Giárdia e não se sabe ainda se a Giardia canis infecta
também as pessoas. Algumas infecções em humanos podem estar relacionadas a
infecções em animais domésticos e selvagens. Na dúvida devemos considerar que
sim essa possibilidade.
A
maior fonte de infecção no homem provem de águas contaminadas. A contaminação
dos mananciais urbanos com Giardia é geralmente atribuída ao esgoto domésticos
(humano). Em zonas rurais, animais domésticos e selvagens podem causar a
contaminação de mananciais.
Como
podemos diagnosticar a giardíase?
O
diagnóstico da giardíase é muito difícil porque os protozoários são muito
pequenos e são eliminados nas fezes de forma intermitente. Assim em algumas
amostras de fezes é possível identificá-los e em outras amostras não
encontraremos nada.
Para
facilitar o diagnóstico o método recomendado é o exame de fezes em série (uma
amostra de fezes a cada dia por três a seis dias seguidos) facilitando assim
encontrar o organismo. Outro exame possível é pelo método ELISA que utiliza uma
amostra muito pequena de fezes, e pode ser realizada em 8 minutos no
consultório do médico veterinário.
É
muito mais preciso do que um exame fecal.
Exame Elisa para Giardia
Como
os resultados positivos ou negativos dos exames devem ser interpretados?
O
resultado negativo do exame de fezes nem sempre vai indicar que o animal não
está infectado, principalmente devido a eliminação do parasita nas fezes de
forma intermitente. Se o resultado for positivo nesse exame, ou seja, se for
encontrado o protozoário nas fezes ai sim podemos afirmar que o animal está
infectado.
Já
em relação ao teste ELISA os resultados podem sim indicar a presença ou não da
doença. De qualquer forma, resultados negativos também podem ocorrer em alguns
animais infectados. Se um teste negativo ocorre, o seu veterinário de acordo
com a avaliação dele e dos sintomas apresentados, pode muitas vezes sugerir a
repetição ou não do exame.
Se
o exame for positivo ou se o animal é suspeito de ter a doença, como podemos
tratá-lo?
Por
se tratar de uma zoonose todo animal positivo ou suspeito de giardíase deve ser
tratado. O tratamento deve ser baseado sempre no tripé Tratamento oral para
eliminar o parasita do intestino, Desinfecção Ambiental para eliminar o
parasita do ambiente e Limpeza do Animal com banhos para eliminar o parasita do
pelo e da pele do animal que se recontamina quando se lambe. Mesmo que o animal
seja assintomático (não tenha os sintomas da doença) ele deve ser tratado pois
pode infectar pessoas, filhotes ou animais imunossuprimidos evitando assim
possível transmissão para animais e pessoas.
Como
posso evitar que o meu animal de estimação pegue Giárdia?
Os
cistos podem viver várias semanas a meses fora do hospedeiro em ambientes
úmidos frios e sombreados. Assim, gramados, parques, canis e outras áreas
úmidas e sombradas contaminadas com fezes de animais podem ser uma fonte de
infecção para o seu animal de estimação e mesmo para você. Você deve manter seu
animal de estimação longe de áreas contaminadas por fezes de outros animais.
Isso nem sempre é fácil.
Como
os cães com Giárdia podem infectar as pessoas, todos esses cuidados devem ser
tomados. Contudo, muitas vezes, nem sempre os animais de estimação são
responsáveis pela contaminação humana. Ela pode ocorrer principalmente com
hábitos inadequados de higiene e acabamos nos infectando com alimentos mal
lavados, água contaminada ou mesmo pelas mãos mal lavadas ou contaminadas com
coliformes fecais.
Educação
sanitária e cuidados de higiene são fundamentais no controle da giardíase.
Existe
no mercado uma série de vermífugos para cães e gatos. Alguns podem ser usados
somente por cães, outros somente por gatos e outros ainda tem indicação para
cães e gatos.
A
grande maioria age sobre os principais parasitas intestinais, mas não existe
ainda um vermífugo que age sobre todos parasitas. Por exemplo, em contaminações
por giárdia, clostridium e isóspora temos que fazer tratamento com medicamentos
específicos.
Por
isso é muito importante fazermos um exame de fezes para identificar os
possíveis parasitas e usar a medicação mais indicada.
Por
que fazer o exame de fezes?
Por
que um mesmo animal pode ter vários tipos de parasitas e para cada um pode
existir um tipo indicado de vermífugo, de dose e frequência. Mesmo aqueles
vermífugos de amplo espectro podem não eliminar todos os tipos de parasitas.
Muitas vezes o exame de fezes pode dar um resultado negativo (sem
presença de ovos ou parasitas)
e mesmo assim podem ter indicação de tratamento de acordo com a avaliação do
médico veterinário, pois a eliminação de ovos não é continua e um exame
negativo de fezes não quer dizer que não tenha os parasitas adultos.
Alguns
animais têm que fazer vários exames de fezes pareados e intercalados para
identificar a presença do parasita. Quando o exame de fezes indica a presença
de algum parasita ou ovos, temos a possibilidade de fazer o medicamento mais
indicado e mais seguro para o controle das parasitoses intestinais, baseado no
ciclo do parasita.
Como
fazer o exame de fezes?
A
amostra de fezes deve ser coletada e acondicionada em um recipiente adequado e
limpo e enviada dentro de 6 a 8 horas ao laboratório. O volume deve ser
suficiente para fazer os dois exames mais comuns. Quando há presença de muito
muco ou sangue na amostra, o resultado pode não ser confiável.
Mesmo
animais que tenham muita diarréia por longo período, podem ter exame negativo
de fezes.
Existem
outros exames para identificar parasitas intestinais além do exame de fezes?
Hoje em dia temos exames ELISA para giárdia e PCR para giárdia e
clostridium que são realizados com pequenas amostras de fezes.
*Extraído
do site de Hospital Veterinário Pet Care faz todo atendimento de pediatria
assim como laboratório clínico próprio para a realização de todos exames para
diagnóstico das parasitoses intestinais com resultado no mesmo dia, com exceção
do PCR que demora em torno de 48 horas.
Para
tendimento ou agendamento entre em contato pelo telefone 3743 2142.
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